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Em Pauta

Uma Lava Jato para combater o narcotráfico

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/09/2017 08:39
Uma Lava Jato para combater o narcotráfico

A nova Procuradora Geral da República - Raquel Dodge -, reuniu-se com os ministros da Defesa, Justiça e Segurança Institucional. A ideia é criar uma força tarefa federal de combate ao narcotráfico nos mesmos moldes e marcos da Lava Jato. A força tarefa seria liderada pelo Ministério Público. Iniciaria os trabalhos no Rio de Janeiro e se estenderia para as demais regiões do país. A agudização da crise na Rocinha, favela de 70 mil moradores, 25 mil domicílios e 142 mil hectares, despertou a urgência das soluções não só locais, mas nacionais. A última das informações alarmantes que circulam nos meios de segurança pública, revelam que, na crise da Rocinha até o PCC, que estava fora do Rio de Janeiro, conquistou terreno. Seria esse grupo paulista o financiador do grupo que deflagrou a guerra ao tentar ocupar espaços que outrora pertenceram ao presidiário Nem. Das cerca de 850 comunidades do Rio de Janeiro controladas pelo narcotráfico, 424 estão sob o poder do Comando Vermelho, que vem sendo combatido por milícias e outros grupos menores de traficantes.
Em 2014 e 2016, o tema segurança esteve presente nas campanhas eleitorais. Nada mudou. Ou piorou. Hoje, todos os especialistas avaliam que a segurança, ou melhor, a insegurança, estará no centro dos debates da corrida eleitoral.

Uma Lava Jato para combater o narcotráfico

O governo paralelo do narcotráfico.

O narcotráfico está infiltrado nos governos. Este é o pensamento da reunião entre a Procuradora Raquel Dodge, o General Sérgio Etchegoyen, e os ministro Torquato Jardim e Raul Jungmann. As drogas estão no comando de órgãos de fiscalização. Caso o diagnóstico se comprove verdadeiro, o remédio só pode ser doloroso - uma Lava Jato para ceifar os poderes infiltrados. Essa simbiose entre narcotraficantes e aparato de governo estaria no ápice da crise carioca.

Uma Lava Jato para combater o narcotráfico

O Rio de Janeiro faliu e abriu as comportas do inferno do narcotráfico.

O maior contribuinte de impostos no Rio de Janeiro era a Petrobras. Quebrou. O segundo maior contribuinte eram as empreiteiras ligadas à Petrobras. Quebraram. O terceiro maior contribuinte eram as empresas prestadoras de serviços a essas empreiteiras. Também quebraram. O Rio de Janeiro viveu a era de falsa abundancia da Petrobras. Agora, vive a época da penúria da empresa petrolífera. A maior mentira contada pelo petismo foi o tamanho do pré-sal . O governo do Rio de Janeiro acreditou na mentira. Passou a gastar " por conta". Gastou o dinheiro que não existia. Com isso, mais de 2 mil policiais foram para casa. Os que ficaram não sabem o dia que receberão os salários. O décimo-terceiro está virando um pesadelo. Perderam duas gratificações que mantinham as tropas em bom estado de ânimo. A insegurança passou a governar a cidade do medo.

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