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Direto das Ruas

Família tem de pagar ambulância privada para transferir idoso para hospital

Paciente só foi transportado ao pagar R$ 350, enquanto ambulâncias do Samu estavam paradas por falta de maca

Lucia Morel | 09/09/2022 16:50

Paciente de 85 anos que quebrou a perna depois de sofrer uma queda teve que ser transferido em ambulância particular para a Santa Casa, mesmo com atendimento feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Ovídio Francisco da Silva estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino desde ontem esperando transporte para o hospital. Mas conseguiu apenas hoje depois de pagar R$ 350 em ambulância privada.

A filha dele, Cleonice de Oliveira Silva, de 53 anos, afirmou que acha uma absurdo a situação e filmou três viaturas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) paradas na UPA. Ela pediu que levassem seu pai ao hospital, mas a alegação é de que estavam sem maca porque ficaram retidas na Santa Casa.

“A vaga para a Santa Casa saiu ontem, mas até agora (por volta das 15h) não o haviam transferido e quando fui ver, as ambulâncias estavam paradas, sem macas”, relatou indignada. Ela teve que contratar um serviço privado de ambulância para levar o pai ao hospital e quando chegou lá, se deparou com outra situação indignante: macas paradas e estocadas à espera de serem retiradas.

Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa “a quantidade de pacientes que chegam ao Pronto-socorro regulados pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) é maior do que a capacidade física do hospital”, o que ocasiona a retenção de macas, já que o número de leitos não é suficiente para atender.

“Então, sem leitos disponíveis suficientes para atender a demanda, eles precisam aguardar atendimento na maca. Ou seja, o problema não é retenção de macas, e sim a quantidade de pacientes em atendimento no Pronto-socorro ao mesmo tempo. Como é divulgado constantemente nas mídias em massa”, disse o hospital em nota.

Além disso, a assessoria informou às 15 horas que “neste momento, não temos nenhuma maca utilizada pelas Unidades de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e pelo Corpo Bombeiros no nosso pronto atendimento aguardando a liberação”. As flagradas pela leitora já estavam liberadas para retirada.

Por fim, o hospital disse que a ocupação geral nesta sexta-feira é de 628 pacientes internados , 85 a mais que a capacidade.

Também em nota, a Sesau informou que “tem buscado o diálogo com o hospital para tentar resolver essa situação e, na medida do possível, feito o redirecionamento de pacientes para minimizar eventual superlotação, razão pela qual o hospital alega estar retendo os equipamentos”.

Salientou ainda que “há também o esforço por parte do município em ampliar a capacidade de atendimento através da abertura e contratualização de novos leitos” e que “a Sesau faz a regulação de pacientes aos hospitais dentro do que está previsto no contrato de prestação de serviços destes com a pasta, sendo encaminhados de forma não prevista, em vaga zero, somente aqueles pacientes que estão em estado grave e que o hospital é referência para o atendimento e tratamento do caso”.

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