Campo Grande tem uma das menores altas de emprego entre capitais

Campo Grande teve saldo positivo na geração de empregos formais nos últimos 12 meses, mas ficou entre os menores crescimentos percentuais entre as capitais brasileiras, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho.

De abril de 2024 a março de 2025, a capital sul-mato-grossense registrou 150.363 admissões e 143.570 desligamentos, o que resultou em saldo de 6.793 novos postos de trabalho com carteira assinada.

A variação relativa foi de 2,78%, abaixo da média nacional e atrás da maioria das capitais do País.

As três capitais com maior variação percentual positiva no emprego no período foram: Macapá (AP), com 10,47%, Boa Vista (RR), com 7,45%, e Manaus (AM), com 7,34%.

Esses resultados foram puxados por setores como serviços, construção e indústria, que apresentaram forte recuperação nessas cidades, conforme o Caged.

Já entre os piores desempenhos, com variações negativas ou quase nulas, estão Rio de Janeiro (RJ), com 3,04%, apesar de saldo alto — foram 61.774 postos.

Belo Horizonte (MG), com 2,39%, e Vitória (ES), com 1,94%, tiveram os menores índices.

Desempenho em março — Em março de 2025, a capital sul-mato-grossense registrou 13.434 admissões e 12.865 desligamentos, resultando em saldo positivo de 569 postos de trabalho.

Esse crescimento representa variação relativa de 0,23% no estoque de empregos formais do município, em relação a fevereiro, o 7º melhor desempenho entre capitais.

Mato Grosso do Sul como um todo criou 1.114 empregos formais no mesmo período, com destaque para o setor de serviços, que liderou as contratações no mês.

No contexto nacional, o Brasil registrou a criação de 71.576 empregos com carteira assinada em março de 2025, com o setor de serviços sendo o principal responsável pelas novas vagas.

No Estado — O município de Inocência, distante 337 km de Campo Grande, é líder na geração de empregos formais no Estado em 2025, impulsionado pela instalação da fábrica de celulose da multinacional chilena Arauco.

Foram gastos R$ 25 bilhões na obra que promete gerar cerca de 12 mil empregos durante a construção e 2,3 mil na operação da planta.

Segundo dados do Caged, Inocência registrou saldo de 1.313 empregos no acumulado do ano, com variação relativa de 42,66%, a maior dos 79 municípios de MS.

A cidade, que possuía 8.404 habitantes conforme o Censo 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já sente os resultados favoráveis da construção, como aumento na demanda por mão de obra, mas também efeitos negativos do aumento desenfreado da urbanização, conforme reportou o Campo Grande News.