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Economia

Produção de minério somou R$ 11,8 bilhões em MS nos últimos 4 anos

Em 2024, MS se posicionou como o 10º estado brasileiro em arrecadação de royalties da mineração

Por Izabela Cavalcanti | 15/01/2025 07:25
Produção de minério somou R$ 11,8 bilhões em MS nos últimos 4 anos
Barcaça carregada de minério, no Rio Paraguai (Foto: Bruno Rezende)

O VPM (Valor da Produção Mineral) de Mato Grosso do Sul atingiu R$ 11,8 bilhões, entre 2020 e 2024. O resultado reflete na expansão do setor.

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Entre 2020 e 2024, a produção mineral de Mato Grosso do Sul gerou R$ 11,8 bilhões, com destaque para Corumbá, 23ª cidade brasileira em produção mineral. Apesar da arrecadação de R$ 69,1 milhões em royalties em 2024 (16,3% abaixo de 2023 devido à escassez hídrica na hidrovia do Rio Paraguai), o setor mostra expansão, com investimentos significativos como os R$ 5,5 bilhões do Grupo J&F. A dependência da BR-262 para o transporte de minério, contudo, preocupa o governo estadual devido à sobrecarga, exigindo soluções urgentes para conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

No ano passado, Mato Grosso do Sul posicionou-se como o 10º estado brasileiro em arrecadação de royalties da mineração, totalizando R$ 69,1 milhões. O montante é 16,3% inferior a 2023, devido à escassez hídrica da hidrovia do Rio Paraguai.

Nos últimos quatro anos, o Estado arrecadou R$ 375,05 milhões, com destaque para o município de Corumbá, onde as empresas mineradoras, Lhg Mining, Vetria Mineração, 3A Mining e outras mineradoras de argila, calcários, areias e cascalhos, produziram de valor de produção de R$ 1.434.410.637,24. Somente no ano de 2024, pagaram de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), a importância de R$ 46.206.590,72, 3,22% do valor de produção mineral.

Corumbá é a 23ª cidade do Brasil em produção mineral. As maiores arrecadações no Estado, são nos municípios de: Corumbá, Ladário, Bela Vista, Miranda, Bonito, Bodoquena, Terenos, Campo Grande, Dourados, Itaporã, Naviraí, Três Lagoas, Paranaíba, Inocência e Ribas do Rio Pardo.

O minério continua saindo pela rodovia BR-262. A estimativa é que mais de 700 caminhões, cada um carregando cerca de 50 toneladas de minério de ferro, trafegam diariamente pela rodovia.

Esse aumento no fluxo de veículos preocupa o Governo do Estado que busca alternativas para mitigar os danos na infraestrutura da estrada.

"A crise na hidrovia do Rio Paraguai e a consequente sobrecarga da BR-262 têm gerado desafios significativos para o escoamento de minérios em Mato Grosso do Sul, com impactos econômicos e ambientais que demandam soluções urgentes e equilibradas entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental", pontuou o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.

Investimentos - O Grupo J & F (Lhg Mining) anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões na mineração de ferro e manganês nos municípios de Corumbá e Ladário.

A Mineradora Vetorial, em Corumbá, tornou-se a primeira empresa do Centro-Oeste a produzir gusa verde, um ferro-gusa fabricado a partir de carvão vegetal de florestas renováveis, reduzindo significativamente as emissões de carbono e promovendo práticas sustentáveis.

Além disso, as mineradoras de ferro e manganês em Corumbá e Ladário têm investido em práticas sustentáveis para minimizar impactos ambientais e melhorar a gestão dos recursos naturais.

Segurança – A Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Imasul (Instituto Estadual de Meio Ambiente), em parceria com a Agência Nacional de Mineração, tem realizado vistorias e apresentado relatórios sobre as barragens de rejeito de minério.

Segundo o coordenador de Mineração, em junho do ano passado, representantes da Coordenadoria de Mineração e Polícia Militar Ambiental realizaram visitas técnicas às mineradoras de Corumbá e Ladário, com o objetivo de fortalecer medidas de prevenção e combate a incêndios.

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