Na volta às aulas, pais comemoram trânsito tranquilo e celular proibido
"Vai ser ótimo para aumentar socialização e descobrirem que há outras coisas além do aparelho", disse uma mãe
Pais que levaram os filhos para o primeiro dia de aula na Escola Harmonia, que fica no Jardim dos Estados, em Campo Grande, comemoram o trânsito tranquilo, gostaram da recepção calorosa para os estudantes e disseram estar com expectativas muito altas para um ano letivo com celular proibido. A instituição foi uma das que o Campo Grande News esteve nesta manhã (3).
RESUMO
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Na volta às aulas em Campo Grande, pais celebram trânsito tranquilo e a proibição do uso de celulares nas escolas, medida que visa melhorar a concentração dos alunos. Na Escola Harmonia, a recepção incluiu música clássica e sessões de fotos, enquanto na Funlec, a presença de agentes de trânsito garantiu a fluidez. Pais e educadores acreditam que a restrição ao celular favorecerá a socialização e o aprendizado, apesar de algumas resistências dos alunos. A expectativa é de um ano letivo mais produtivo e focado.
Motoristas não tiveram muito trabalho, como em anos anteriores, para deixar estudantes na porta da escola. Mesmo que fosse necessário, equipe da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) não estava na região para organizar o trânsito, segundo a reportagem verificou. A operação volta às aulas costuma contar com agentes municipais nas instituições mais movimentadas, que é o caso.
Placa com a frase "Que 2025 seja incrível" era parte da recepção aos alunos e rendeu várias selfies com inspetores e colegas. Violinista e professor recém-contratado na escola, Caio Fortunato cuidou da trilha sonora para a entrada. Ele vai comandar a disciplina de música clássica, que começará a ser oferecida este ano na instituição. "Expectativa muito boa. Será uma forma diferente de divulgar a música clássica", diz.
Sem celular - É lei em todo o País a restrição ao uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas. A medida tem o objetivo de evitar dispersão durante o ensino, contribuindo para melhores desempenhos individuais entre os estudantes e avanços nos índices educacionais.
Mãe de duas e coordenadora da Harmonia, Fernanda Toledo comemora a medida. "É o grande diferencial deste ano. Vai ser ótimo para aumentar a socialização e descobrirem que há outras coisas além do aparelho. Estou muito feliz como mãe e educadora", ela declarou.
As duas filhas de Fernanda estudam na escola. Uma vai começar o 8º ano e a outra, o 3º ano do Ensino Médio. A mais velha sabe que será um ano desafiador, mas a mãe está positiva. "É um ano de decisão do que vai fazer da vida, tem uma tensão, mas estamos com expectativas muito boas", finalizou.
A filha de Maurélio Rubenaus não comemorava a "separação" do celular no período de aula. "Ela não gostou muito da ideia, veio reclamando que ia ter que guardar. Já eu, acho muito importante proibir porque desconcentra demais. Queremos que seja um ano diferente, de muito aprendizado", disse o pai.
Kely Lazaroto é outra que aprova a lei. "Será uma mudança para minha filha, mas tenho certeza que vai ser melhor. Na minha época de estudante não precisava de celular. Vai ser ótimo", falou.
Outra escola - A reportagem também acompanhou a movimentação na escola Funlec - Colégio Oswaldo Tognin, no Bairro Chácara Cachoeira. O primeiro dia de aula por lá foi a última quarta-feira (29).
O trânsito era tranquilo e havia seis motos da BPMTran (Batalhão de Polícia Militar de Transito) em frente ao prédio.
Mães de alunos ouvidas destacaram o ano sem celular. Servidora pública, Fernanda Melo tem três filhos na escola. Dois levavam os aparelhos nas mochilas o ano passado. Agora, ela recolhe ao descerem do carro. "Na nossa época ninguém trazia celular e quando precisava falar com os pais, a gente ia para a coordenação. Acho melhor não trazerem. Vai diminuir um pouco esse estado de alerta que a gente fica pelo conteúdo inadequado a que eles podem ser expostos. Uma preocupação a menos", disse.
Fabrízia da Costa é professora. Ela é outra que comemora a medida, embora não vá impactar a rotina do filho. "Ele tem acesso ao aparelho apenas em casa aos finais de semana. Já n]ao deixava levar antes porque sou professora e sei a realidade. Se até para os pais é difícil de controlar, imagina na escola. Se não houver controle, não é saudável", conclui.
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