Meeting Paralímpico reúne mais de 240 atletas em Campo Grande
Evento é realizado em todas as regiões do país e visa fomentar a prática esportiva entre paratletas
Com a participação de atletas de destaque e novos talentos, o Meeting Paralímpico reuniu, neste sábado (10), mais de 240 competidores em Campo Grande. A etapa local da competição, organizada pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), acontece em quatro modalidades: atletismo, natação, bocha e, pela primeira vez, o tênis de mesa.
As disputas começaram às 8h da manhã e foram realizadas em diferentes pontos da cidade. O atletismo acontece no Parque Ayrton Senna, no Bairro Aero Rancho, com provas como 100m, 200m, 400m, 1.500m, 5.000m, além de lançamento de disco, dardo e arremesso de peso.
As provas de natação aconteceram na escola Funlec, na Rua Água Azul e as provas de bocha e tênis de mesa ocorreram na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
A etapa em Campo Grande contou com 112 atletas inscritos no atletismo, 111 na natação, 14 no tênis de mesa e 9 na bocha. O Meeting Paralímpico é realizado em todas as regiões do Brasil e tem como objetivo fomentar a prática esportiva entre pessoas com deficiência, identificar novos talentos e oferecer oportunidades de classificação para competições nacionais.
Entre os destaques está o bicampeão paralímpico Yeltsin Jacques, natural de Campo Grande. O evento também contou com a estreia do tênis de mesa paralímpico no Estado, modalidade que, segundo o CPB, foi viabilizada pela estrutura montada especialmente para esta edição.
A coordenadora da Diretoria de Desenvolvimento Esportivo do CPB, Silvana Cristina de Souza, explica que o objetivo do Meeting é descentralizar as competições, antes concentradas em São Paulo. “Até 2023, todas as disputas aconteciam lá. Hoje, o atleta não precisa ter um gasto maior para participar de uma competição oficial. É mais uma oportunidade de se preparar ao longo do ano”, afirma.
Para a campo-grandense Rosenilda Aoyoma, de 46 anos, o evento é fundamental para os objetivos da temporada. Atleta de atletismo nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco, ela começou no esporte paralímpico em 2012, após sofrer um acidente em 2011. "Esse evento significa muito. Precisamos dele para conquistar marcas, ir para as fases nacionais e, quem sabe, para o Brasileiro. Minha meta é o recorde brasileiro. Se não for, que ao menos eu consiga meu recorde pessoal e o índice necessário", disse.
Outro nome em destaque é o do militar Luis Fernando Felix de Almeida, de 34 anos, que compete em provas de atletismo e arco e flecha. Ele sofreu um acidente de moto em 2018 e, desde então, passou a integrar o paradesporto. Neste sábado, competiu nos 100m e 200m rasos, batendo suas melhores marcas.
“O que vale é a marca para o ranking brasileiro. Todo o trabalho feito com a equipe está trazendo resultado. Hoje tivemos um bom desempenho”, comemorou. Ele também está com altas expectativas para a fase nacional, que acontece em São Paulo.
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