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Visita de ministras míngua entre parlamentares

Por Ângela Kempfer e Fernanda Palheta | 25/10/2025 07:00
Visita de ministras míngua entre parlamentares
As ministras Esther Dweck (Gestão) e Simone Tebet (Planejamento), ao lado de parlamentares e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP). (Foto: Henrique Kawaminami)

Cadê a bancada - Nem mesmo um encontro com duas ministras em Mato Grosso do Sul mobilizou a classe política nesta sexta-feira (24). Apenas dois parlamentares, um deputado estadual e um vereador, participaram da cerimônia de entrega de imóveis federais ao Estado. A bancada federal sequer teve representante. Nem a "dona da casa", reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), professora Camila Ítavo, apareceu porque estava em viagem à China. Mas ela, pelo menos, gravou um vídeo como anfitriã da cerimônia.

Popular - A falta de deputados e senadores em evento federal, do governo Lula, teve uma "estrela", o superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Tiago Botelho. Cada vez que o nome de Tiago era mencionado, a plateia formada por representantes de movimentos sociais aplaudia e gritava em apoio. A popularidade chamou atenção de todas as autoridades, que faziam questão de citá-lo para agradar ao público. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), quebrou o protocolo e cedeu parte de seu tempo de discurso para que o superintendente também pudesse falar.

Parabéns - Até o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), entrou na onda. Ao cumprimentar os presentes, deixou Botelho por último e rasgou elogios ao petista. “Eu fiquei emocionado quando conheci pela primeira vez os seus pais. Ontem o Tiago esteve no gabinete e a gente conversou um pouquinho. Ele contou sobre essa entrega, as agendas, questões administrativas e sobre política", disse.

Pais na plateia - Riedel contou a história dos pais dele, e da referência que são. "Não poderia ter dado coisa melhor do que um ser humano fantástico como o Tiago, que Mato Grosso do Sul tem. Parabéns”, completou o progressista. Ao ouvir as palavras de Riedel, os pais do superintendente se levantaram e acenaram para todos.

Liberdade - Em entrevista, Simone Tebet (MDB) disse acreditar que terá liberdade para decidir seu caminho político em 2026. Em tom diplomático, afirmou confiar no diálogo com o presidente Lula, mas deixou claro que o MDB deve manter autonomia. “O MDB sempre teve a capacidade de resolver os seus problemas. Nunca obrigou ninguém a acompanhar A ou B. Então nós vamos ter liberdade para apoiar qualquer candidato à Presidência da República", afirmou.

Queria ficar - Já o maridão, Eduardo Rocha, segue dividido. Mesmo garantindo que vai seguir a orientação do governador Eduardo Riedel sobre em qual partido disputará uma vaga na Assembleia Legislativa, o quase ex-secretário de governo confessou que, se dependesse apenas dele, ficaria no MDB. “São 30 anos de história no partido”, justificou Eduardo que deve deixar a pasta na segunda, misturando nostalgia e pragmatismo político.

Lembrando do gás - Durante a inauguração do novo prédio da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) reviveu um dos episódios mais emblemáticos de sua gestão: o julgamento sobre quem ficava com o ICMS do gás, São Paulo ou Mato Grosso do Sul. Ele contou que acompanhou a sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) e lembrou o voto apertado, de 5 a 4 a favor de MS.

Arrasaram - Hoje inimigo da direita, o ministro Alexandre de Moraes faz parte das memórias de Reinaldo. “O Xandão, que achei que ia falar como ministro, falou como se fosse procurador de São Paulo. Fez uma defesa que deixou todos nós arrepiados”, ironizou Azambuja, sobre a derrota dos paulistas. O caso virou símbolo da atuação da Procuradoria-Geral em causas de peso.

Mais autonomia - O STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou, por unanimidade, que o Ministério Público pode realizar investigações criminais por conta própria, por meio de seus grupos internos especializados. A decisão tem alcance nacional e reforça que o órgão tem autonomia para organizar esses núcleos, desde que respeite os direitos individuais e o controle da Justiça. A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, explicou que a Constituição já garante essa independência administrativa e funcional.

Na prática - O entendimento dá mais segurança jurídica e força à atuação de grupos como o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Essas equipes trabalham em investigações complexas e são fundamentais no enfrentamento à corrupção e ao crime organizado. A decisão do STF foi vista como um passo importante para tornar o trabalho do MP mais eficiente e transparente.