Dono quis derrubar casa de madeira, mas a inquilina ama viver nela
Há 10 anos, Dinorá não troca a vida na casa de madeira, com mais de 50 anos, pela alvenaria
No Bairro Santo Amaro, uma casa de madeira simples, pintada de branco e cor de rosa, abriga pelo menos cinco décadas de história. Não se sabe ao certo quando foi construída, mas, quando o empresário Joamir Ramos abriu seu bar em frente ao imóvel, há exatos 51 anos, a residência já estava ali.
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Em Santo Amaro, uma casa de madeira branca e rosa resiste ao tempo, abrigando décadas de história. O imóvel, com cerca de 50 anos, pertence ao empresário Joamir Ramos, que a observa desde que abriu seu bar em frente, há 51 anos. Atualmente, a casa é lar de Dinorá Silva e seus dois cães. Joamir adquiriu o imóvel há 15 anos, realizando um sonho antigo. Apesar de cogitar demoli-la, ele decidiu preservá-la a pedido da inquilina, prometendo reformas em breve. Dinorá, moradora há quase uma década, aprecia a simplicidade e tranquilidade do lar, afirmando não ter planos de se mudar. A casa de madeira, com sua estrutura resistente, representa a história do bairro e a paz encontrada por sua moradora.
Por trás do muro baixo e com grades, vivem a auxiliar de cozinha Dinorá Silva e seus dois companheiros, um cachorro caramelo e um segundo vira-lata preto, que fazem as vezes de guardiões fiéis e atentos da casinha. O imóvel tem dois quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda. Ambientes pequenos, mas com memórias.
“Eu comprei a casa tem uns 15 anos, mas quando abri meu bar aqui no bairro, ela já existia, do jeito que é hoje. É resistente, de madeira, e até hoje tem gente morando dentro”, conta Joamir, de 76 anos.
Segundo ele, a compra foi parte de um pacote de investimentos que ele fez na região. Até finalmente conseguir comprar a casa de madeira, ela passou 36 anos apenas admirando do outro lado da rua. “Todos os dias quando eu abria o bar via ela do outro lado. Agora, ela é minha", lembra.
Depois da aquisição, ele até cogitou derrubar a casa para construir uma nova de alvearia no lugar. "Não fiz porque a inquilina gosta dela. Futuramente, quem sabe”, relata.
Enquanto isso, o empresário promete uma nova pintura e alguns reparos na madeira para conservar a estrutura que já atravessou gerações.
Dinorá, de 57 anos, mora ali há quase uma década e diz que, apesar da simplicidade, a casa é o lar onde ela encontrou paz e tranquilidade.
“Quando cheguei, já era assim, branquinha, do mesmo jeito. É uma casa bem bem antiga e está precisando pintar, mas o dono disse que vai fazer isso. Por dentro é normal, não molha, é bem protegida”, afirma.
Para ela, o fato de ser de madeira nunca foi problema. “Acho que antigamente construíam com mais cuidado, era mais firme. É uma bichinha antiga, mas boa. Nunca precisei fazer nada, é firme mesmo”, garante.
No compasso do bairro e da rua tranquilos, Dinorá afirma que a rotina é sossegada e que nem cogita ir embora. “Não penso em sair. Aqui é seguro, o bairro é bom. Não tem coisa melhor que chegar do serviço e ir para o lugar que a gente gosta”, finaliza a moradora.
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