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Artes

Queimadas e navios negreiros tomam conta do Octávio Guizzo

Centro cultural recebe a última etapa do projeto Arte nas Estações

Por Aletheya Alves | 21/12/2024 07:45
Hoje (21) é última chance de ver a exposição em 2024. (Foto: Vaca Azul)
Hoje (21) é última chance de ver a exposição em 2024. (Foto: Vaca Azul)

Ao todo, 113 obras ocupam o Centro Cultural José Octávio Guizzo com a cenários cotidianos, navios negreiros e queimadas para a última etapa do projeto Arte nas Estações. As peças compõem o acervo do Museu Internacional de Arte Naif e transformaram Campo Grande temporariamente em seu lar.

Todo o projeto foi idealizado pelo colecionador e gestor cultural Fabio Szwarcwald e, contando com todas as etapas, foram exibidas 262 obras de 27 artistas. “A pluralidade de produção pictórica apresentada é capaz de afetar todo tipo de colecionador. Com isso, o Arte nas Estações impulsiona a formação de novos públicos”, defende o responsável.

Entre as cenas retratadas em A Ferro e Fogo estão também o combate e morte de Zumbi dos Palmares, enterro de Chico Mendes e denúncias sobre desmatamento e queimadas, além do exército nas ruas durante a ditadura militar.

Curador da exposição, Ulisses Carrilho destaca que o título da coleção combina com o momento que MS tem passado: o efeito das queimadas.

“Acho que essa exposição, que carrega o fogo no título, vem nos relembrar um pouco da urgência das ecologias como pauta política que fica radicalmente mais evidente. As cenas das queimadas, essa natureza com tintas mais escuras que os artistas nos trazem, retratando a morte dos animais, dos biomas e dos ecossistemas, os assassinatos dos ativistas. Tudo isso já estava nas telas com alguma distância histórica. Mas o fogo no Pantanal ao longo deste ano nos aponta uma outra maneira de encararmos essas imagens”.

Outro ponto relevante para o curador é convidar aqueles que visitam a obra para desconfiar da “ingenuidade” dos artistas e perceber a importância das denúncias ali presentes.

Apresentação de Hánai'iti Kipâe na abertura do evento. (Foto: Vaca Azul)
Apresentação de Hánai'iti Kipâe na abertura do evento. (Foto: Vaca Azul)

Visitação

Disponível gratuitamente no Centro Cultural, é importante lembrar que a exposição só pode ser visitada em 2024 até hoje (21), depois, apenas em 2025.

A partir do dia 7 de janeiro, de terça até sábado, o espaço retorna a abrir e a mostra irá incluir na programação atividades específicas para as férias. Sempre das 14h às 17h, haverá oficinas com atividades lúdicas e sensoriais para crianças a partir de 5 anos, jovens e adultos.

O centro fica na Rua 26 de Agosto, 453 - Centro.

Curadoria das peças é de responsabilidade de Ulisses Carrilho. (Foto: Vaca Azul)
Curadoria das peças é de responsabilidade de Ulisses Carrilho. (Foto: Vaca Azul)

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