Doações na Ceasa transformam excedente em refeição e reduzem desperdício
O que sobra nas bancas vira alimento para famílias em situação de vulnerabilidade
Frutas, verduras e legumes que não encontram compradores na Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) ganham destino diferente do lixo. O que sobra nas bancas é recolhido por entidades sociais e se transforma em refeições para famílias em situação de vulnerabilidade em Campo Grande.
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Na Ceasa/MS, produtos não comercializados são doados para entidades sociais, beneficiando famílias vulneráveis em Campo Grande. Cerca de 45 permissionários participam da iniciativa, que atende aproximadamente 120 instituições cadastradas, das quais 40 recolhem doações semanalmente. O Instituto Social Ajudar e Cuidar (ISAC) é um dos beneficiários, utilizando as doações para alimentar crianças atendidas e distribuir kits a 140 famílias. A iniciativa não apenas reduz o desperdício de alimentos, mas também promove transformação social, segundo o diretor Fernando Begena.
Cerca de 45 permissionários participam do movimento de solidariedade que envolve a Ceasa/MS, o Cecaf (Centro de Comercialização da Agricultura Familiar) e a Coop-Grande (Cooperativa Agrícola de Campo Grande). Atualmente, aproximadamente 120 instituições estão cadastradas para receber os alimentos. Quarenta delas recolhem doações pelo menos uma vez por semana.
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No ISAC (Instituto Social Ajudar e Cuidar), por exemplo, nada se perde. Todos os sábados, uma equipe de voluntários percorre os corredores da Ceasa para recolher os produtos. Parte do que é recebido compõe o cardápio do almoço e do lanche das crianças atendidas. Outra parte vai para kits entregues a 140 famílias cadastradas. Até os itens sem condições de doação são reaproveitados em molhos e conservas.
“Esses alimentos chegam à mesa das pessoas em situação de vulnerabilidade de maneira digna. Elas recebem tudo limpinho e organizado; isso só é possível graças às doações dos permissionários”, comenta a coordenadora do instituto, Cleise Pires.
Para o diretor de Abastecimento e Mercado da Ceasa/MS, Fernando Begena, o impacto vai além da ajuda imediata. “Essas doações melhoram a qualidade de vida das famílias beneficiadas e representam respeito por quem produz. São fundamentais no processo de transformação social”, avalia.
De acordo com entidades como o Pacto Contra a Fome, o desperdício de alimentos não está relacionado à falta de produção, mas à desigualdade, às falhas de logística e à ausência de políticas públicas consistentes. Experiências como a da Ceasa/MS mostram que, com organização e parcerias, o que seria descartado pode virar alimento na mesa de quem mais precisa.
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