De R$ 17 a R$ 600, artesanatos feitos por detentos estão à venda no Fórum
Tem porta-vinho, sousplat para mesa, tapetes, pano de prato e até réplica de igreja feita com palitos

De hoje (6) até quinta-feira (8), estarão à venda no Fórum de Campo Grande cerca de 400 peças de artesanato feitas pelas mãos de detentos de presídios estaduais da Capital e de municípios do interior.
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Tem opções de R$ 17 a R$ 600 para presentear as mães. As mais baratas são canetas personalizadas com bonecas na ponta, já a mais cara é a réplica da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Aquidauana, feita com palitos de picolé e cheia de detalhes.
O valor arrecadado com as vendas vai para as famílias dos internos, no caso do artesão ser do regime fechado, ou para o próprio detento se ele estiver em regime semiaberto.
O pagamento é repassado em 100% quando são usados materiais próprios ou doados. Se a penitenciária comprou, são descontados 30%.
A diretora de Assistência Penitenciária da Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário), Maria de Lourdes Delgado Alves, explica que as peças são produzidas após os detentos participarem de cursos dentro das penitenciárias oferecidos por empresas conveniadas ou pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) do Governo Federal.
"São selecionas e trazidas para duas feiras, uma que é esta em maio e outra realizada em dezembro", diz.
Entre as variedades estão porta-vinho, tela de secar carne, sousplat para mesa posta, porta-guardanapos, caixa com tela para secar carne, tapetes, pano de prato e até réplica de igreja feita com palitos
Ela cita que são descobertos muitos talentos entre os detentos e cita como exemplo uma presidiária da comunidade LGBTQIAPN+ detida em Dourados, que cria lindos quadros.
Enquanto os homens costumam mexer com ferrarias ou madeira, as mulheres produzem os bordados mais delicados ou crochês mais elaborados. Mas as exceções estão aparecendo nesta edição da feira, que traz tapetes de crochê bem trabalhados feitos por detentos de presídios masculinos.
Remição - No caso do artesanato, a cada três dias trabalhados o detento tem um dia de pena reduzido.
A remição por estudo ou trabalho é direito do detendo previsto na Lei nº 12.433, de 29 de junho de 2011, que alterou a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.
Como comprar - Batizada de Artesão Livre, a feira ocorre das 13h às 17h no átrio do Fórum de Campo Grande, localizado na Rua da Paz, nº 14, no Jardim dos Estados.
São aceitos pagamentos por pix ou em dinheiro. É possível fazer as compras online pelo grupo de WhatsApp da feira. É só clicar aqui para entrar.
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