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Sabor

Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"

Com nomes do Cerrado e receitas autorais, Zugo é o reflexo de uma história feita em família

Por Geniffer Valeriano | 03/08/2025 08:23
Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"
Dandara e Antônio no Zugo, sonho que levou 15 anos para sair da gaveta (Foto: Osmar Veiga)

Foram 15 anos com uma ideia guardada no papel, a logo já existia, o nome também. Faltava apenas o momento certo. Ele chegou quando a conveniência do irmão fechou e surgiu a pergunta: “O que a gente vai abrir aqui do lado?”. A resposta veio da vontade antiga de tirar do papel um projeto de sucos naturais.

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O Zugo, lanchonete localizada em Campo Grande, é fruto de um projeto guardado por 15 anos pelos proprietários Dandara Inocêncio e Antônio Carlos. O estabelecimento, que começou com foco em sucos naturais, expandiu seu cardápio para incluir sanduíches autorais e caldos caseiros. Com uma proposta que valoriza a identidade local, os sucos recebem nomes de animais da fauna sul-mato-grossense, enquanto os sanduíches homenageiam morros do estado. O negócio familiar, em funcionamento há dois anos na Avenida Mato Grosso, conta com ambiente decorado com elementos regionais e cardápio desenvolvido em parceria com os próprios clientes.

Hoje, o Zugo, no nome e na essência, é o reflexo de um sonho de família. Há dois anos em funcionamento, a lanchonete criada por Dandara Inocêncio, de 33 anos, e o marido Antônio Carlos, de 38, virou um ponto de encontro acolhedor em Campo Grande, onde o cardápio é autoral e cada detalhe conta uma história.

“Era um projeto que estava guardado. A logo já tinha sido desenhada, era um sonho que ficou engavetado por 15 anos”, lembra Dandara. A ideia inicial era vender sucos naturais, mas logo o casal percebeu que, para funcionar como negócio de rua, o Zugo precisaria ir além.

Os sucos ganharam nomes de animais, como Arara-Vermelha, Capivara, Lobo-Guará, Onça-Pintada e Tatu, este último criado por um cliente fiel que aparece na casa três vezes por semana. Já os sanduíches homenageiam morros de Mato Grosso do Sul, como Ernesto e Paxixi, formando quase um mapa gastronômico do estado.

Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"
Morro do Paxixi é leva gorgonzola e picles de uva verde (Foto: Arquivo Pessoal)

"Queríamos mais do que apenas vender sucos e sanduíches. Pensamos em como chamar a atenção e trazer uma identidade para o projeto", explica Dandara.

No início, o cardápio tinha só quatro sanduíches: Pantanal, o carro-chefe com filé mignon, Mata Atlântica, Amazônia e Pampas. “Todas as receitas são autorais, desenvolvidas por mim e pela minha mãe. Nunca nos colocamos como uma casa fitness. Somos uma casa de comida gostosa, com sabor e autenticidade em tudo que servimos”, diz Dandara.

Mesmo com foco nos sucos, o Zugo não se limita às frutas e sanduíches. No inverno, o cardápio traz caldos com receitas que remetem à cozinha da avó. Nada de industrializado ou “de saquinho”.

Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"
Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"
Capivara, tuiuiu e onça-pintada compõe decoração da lanchonete (Foto: Osmar Veiga)

“Temos caldos diferentes do que se encontra por aí. Tudo aqui tem memória afetiva. São receitas da nossa família, é o DNA do Zugo. Um projeto de família feito para famílias”, resume.

Além do casal, o Zugo é literalmente movido pela família: os pais de Dandara, o irmão e a cunhada também trabalham no local. Do balcão às criações da cozinha, tudo é feito com afeto e parceria.

Até os nomes dos sucos nascem dessa conexão com os clientes. Quando uma combinação nova surge da criatividade de quem frequenta a casa, o autor da ideia é convidado a batizar a criação. Foi assim com o Flamingo, mistura de caldo de cana, morango e limão,  que virou fixo no cardápio.

“Começamos com quatro lanches só, e os sucos eram mais simples também. Mas muita coisa foi sendo construída com os próprios clientes. Eles sugerem combinações e a gente, se consegue fazer, coloca no cardápio”, conta Antônio. “Tem suco criado por cliente que virou fixo, como o Flamingo. Essa troca virou parte da identidade do Zugo.”

Ideia sai do papel após 15 anos e vira lanche com nome "Morro do Paxixi"
No cardápio, lanches homenageiam morros de MS (Foto: Osmar Veiga)

Com o crescimento do negócio, o espaço também foi ampliado e ganhou uma decoração personalizada. O ambiente agora é repleto de elementos que remetem à fauna sul-mato-grossense, com araras, onças e capivaras espalhadas pela lanchonete, além de plantas artificiais que revestem o teto e criam uma atmosfera aconchegante. Um mural de grafite no interior do espaço completa o cenário, reforçando a identidade visual do Zugo e seu vínculo com a natureza local.

Funcionando das 16h às 22h, na Avenida Mato Grosso, 3900, a lanchonete escolheu o horário com intenção. “Queríamos que a pessoa viesse aqui à noite e encontrasse, por exemplo, caldo de cana, que normalmente só se acha em carrinho de rua. E aqui ela pode tomar isso num ambiente gostoso, com conforto”, finaliza Antônio.

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