Pastel da fofoca, mega acarajé e tapioca rosa foram sabores do ano
Em 2025, o Lado B trouxe sabores únicos e receitas que não pouparam recheio e, claro, muita criatividade

Em 2025, o Lado B descobriu sabores únicos e receitas que não pouparam recheio e, claro, muita criatividade. Um dos exemplos é o pastel de carreteiro que nasceu de uma fofoca na Rua Antônio Rahe; outro é o mega acarajé de 1 kg e a tapioca turbinada rosa que, não satisfeita pela cor diferente, ainda vem estourando de acompanhamentos.
RESUMO
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Em 2025, Campo Grande revelou uma diversidade gastronômica única, com destaque para três criações marcantes: o pastel de carreteiro, criado por Eliza Goya Kohatso na Rua Antônio Rahe; o mega acarajé de 1kg, do recifense Marcelo Souza; e a tapioca rosa de Kethlyn Nayara Alvarenga. A cidade também se destacou por releituras da culinária pantaneira, como a empada e pizza com carne seca e banana-da-terra, de Eliane Queiroz, e as esfihas pantaneiras do casal Elisangela e Lindomar, servidas em frente ao Terminal Aero Rancho. Os estabelecimentos mantiveram preços acessíveis, variando entre R$ 10 e R$ 85.
A história do pastel começou com a frase “Faz um café pra gente?. Quem contou tudo isso foi a dona do antigo quiosque que virou pastelaria anos depois, Eliza Goya Kohatso. Ela resolveu criar um pastel especial para os carreteiros "fofoqueiros" que passavam para descarregar mercadorias na loja dela.

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A rua era deserta na época e Eliza queria algo que desse “sustância” para os carreteiros. A ideia era criar algo robusto, que lembrasse o almoço. Foi aí que nasceu o pastel que homenageia eles. O trocadilho juntava dois mundos, o prato típico do arroz carreteiro e os motoristas de carreta.
A ideia veio com carne moída, queijo, bacon e ovo cru, que depois ganhou a versão com ovo frito. Por um bom tempo ela chamou carinhosamente o local de "ponto da fofoca". Hoje tem o nome de Pedaço do Pastel. Por lá ele custa R$14,00 e ainda é o mais pedido. São 20 cm de massa com recheio generoso.
A versão com ovo cru promete sabor e ao mesmo tempo suavidade, já a com ovo frito deixa o gosto mais marcante. Além do pastel, o local vende kibe, coxinha, croissant e esfiha. A barraca funciona de segunda a sexta, das 6h30 às 17h, e aos sábados, das 6h às 12h.
Sem sair de Campo Grande e levando Pernambuco até aqui, outro sabor que impressionou foi o mega acarajé de 1 kg do Marcelo Souza, que transformou os sabores do Nordeste em negócio. A comida típica ganhou um toque para lá de especial nas mãos do recifense.
O prato surgiu como forma de matar a saudade dos sabores da infância e virou uma alternativa para reforçar a renda após o término de um contrato de trabalho. Marcelo chegou no Estado sul-mato-grossense há 16 anos. Segundo ele, o mega acarajé é o maior de Mato Grosso do Sul. Ele é servido com acompanhamentos tradicionais.
O cardápio vai do tradicional ao especial, com camarão defumado, mas a estrela é o acarajé gigante, que chega a pesar até 1,5 kg e custa R$ 85. A Marmitaria dos Amigos fica na Rua do Cabo, 166, no Bairro Coophavila 2.
Para fechar o top 3 das comidas mais marcantes em 2025, está a tapioca rosa da empreendedora Kethlyn Nayara Alvarenga, que chamou a atenção pelo visual e pelo sabor. Sem economizar no recheio, ela começou a fazer as receitas em casa para os filhos e, depois, transformou a paixão por cozinhar em fonte de renda.
As massas coloridas são feitas com café, cenoura e a versão rosa com beterraba. Tudo é feito de maneira artesanal. O cardápio é variado e vai dos sabores salgados aos doces. O cliente define os recheios e também pode escolher a massa na versão tradicional, branca, ou colorida.

Entre as opções salgadas estão a de frango com brócolis e requeijão, carne com requeijão e cebola caramelizada, carne com banana da terra e queijo mussarela e frango com catupiry.
Já na parte dos doces, fazem sucesso a Ninho com Oreo, Nutella com morango, banana com doce de leite e canela, creme de Nesquik com morango ou queijo com goiabada.
O negócio funciona em formato familiar. Kethlyn cuida da produção ao lado da irmã, enquanto o marido ajuda nas entregas à noite. A Tapioque-se fica na Rua Dona Zulmira, 148, no bairro Tiradentes. O telefone para reservas e pedidos é o (67) 98159-5565.
Pantaneiro
Além dos destaques não faltaram sabores regionais apresentados de formas diferentes. Eliane Queiroz investiu nas empadas e até na pizza pantaneira e pequi. A história com as pequenas começou com um desafio de fazer uma amiga gostar do salgado e acabou em uma loja na Rua Paraíba.
Ela abriu as portas da cozinha ao Lado B para mostrar parte do processo de confecção e contar um pouco de como tudo aconteceu. Além dos sabores citados, a salgadeira investiu também no diferente, como empada de bacalhau, palmito com alho-poró, estrogonofe de carne, brócolis com bacon e calabresa com bacon.
Na lista só faltou o camarão, mas não por falta de tentativa, e sim por alergia ao crustáceo. Apesar de ter criado mais recheios, ela não abandona os tradicionais, como frango com catupiry.
Ela explica que cada salgado tem sua massa e que, na empada, usa farinha primum e manteiga também. Além dos salgados e das empadas, ela também faz pizza pantaneira, com carne de sol e banana-da-terra. O sabor é fruto de uma paixão que aconteceu anos atrás. Ela vende cada pedaço por R$ 20. Já as esfihas, trouxinhas, cachorros-quentes gourmet e empadas têm diversos sabores. Os preços variam de R$ 12 a R$ 18.
A loja da Eliane fica na Rua Paraíba, 362, no bairro Jardim dos Estados. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 14h.

Quem também apostou no sabor com banana-da-terra e carne-de-sol foi o casal Elisangela Alves Justino e Lindomar Vicente Camargo. Ali, na frente do Terminal Aero Rancho, todos os dias os salgados são fresquinhos e começam a ser feitos às 4h da manhã. A lanchonete leva o nome dado pelo “povo”, a Paraguaia, que do país só tem o apelido.
No cardápio a esfiha de carne de sol e banana-da-terra com queijo, batizada de pantaneira, e a de pimenta-biquinho, queijo e hortelã são atrações e campeãs de venda.
Ela se orgulha de manter a tradição dos salgados fresquinhos e diz que a alegria é ver os clientes comerem eles quentinhos às 6h30, quando termina as primeiras fornadas. “Tem gente que espera sair só pra comer bem quente.”
Elisangela se orgulha do cardápio que criou: saltenha de frango com creme de leite, pastel assado e esfiha fechada tradicional, hambúrguer de carne com presunto e queijo. Nada muito diferente, mas feito do jeitinho dela. Aqui ela conta que o hambúrguer é uma produção caseira, feita com patinho. Enroladinho de frango e carne também estão na lista. Todos saem por R$ 10,00, exceto a esfiha pantaneira, que custa R$ 12,00.
A lanchonete da Paraguaia fica na Avenida Hunter Hans, 3449, em frente ao terminal do Aero Rancho. Mas ela avisa logo de cara, ali, não tem fiado.









