ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, SEGUNDA  06    CAMPO GRANDE 32º

Lado Rural

Estiagem reduz produtividade de soja e milho em MS, aponta estudo da Aprosoja

Regiões centro e sul do Estado concentram mais de 80% das lavouras afetadas

Por Kamila Alcântara | 06/10/2025 13:59
Estiagem reduz produtividade de soja e milho em MS, aponta estudo da Aprosoja
Produtor segura duas espigas de milho pequenas, prejudicadas pela estiagem (Foto: Divulgação)

A estiagem prolongada e as altas temperaturas reduziram de forma significativa a produtividade das lavouras de soja e milho em Mato Grosso do Sul, segundo o Estudo Técnico do Impacto da Estiagem nas Lavouras do Estado, divulgado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A estiagem prolongada e as altas temperaturas causaram significativa redução na produtividade das lavouras de soja e milho em Mato Grosso do Sul, conforme estudo da Aprosoja/MS. Na safra 2023/2024, foram plantados 4,2 milhões de hectares de soja, com produtividade média de 48,84 sacas por hectare, uma das menores da década.A precipitação acumulada na segunda safra de milho ficou em torno de 600 milímetros, muito abaixo do ideal. Para o ciclo 2024/2025, a Aprosoja/MS prevê novos desafios e defende maior investimento em tecnologias de manejo, irrigação e monitoramento climático, além de políticas públicas para mitigar os impactos da estiagem.

O levantamento analisou as safras de soja e milho 2023/2024 e a de soja 2024/2025, apontando que a irregularidade das chuvas prejudicou o rendimento em praticamente todas as regiões produtoras.

Na safra 2023/2024, foram plantados 4,2 milhões de hectares de soja, mas a produtividade média ficou em 48,84 sacas por hectare, uma das menores dos últimos dez anos. A produção total chegou a 12,3 milhões de toneladas, queda de 8% em relação ao ciclo anterior. O impacto foi maior nas regiões centro e sul, que representam mais de 80% da área cultivada.

Segundo o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, a estiagem já altera a dinâmica agrícola do Estado. “As áreas mais sensíveis à falta de chuva têm mostrado queda expressiva na eficiência produtiva, o que compromete o rendimento das lavouras e a sustentabilidade econômica de muitos produtores”, explicou.

A situação da segunda safra de milho também foi considerada crítica. A precipitação acumulada ficou bem abaixo do ideal, em torno de 600 milímetros, o que afetou tanto a qualidade quanto a quantidade de grãos colhidos.

Para o próximo ciclo de soja 2024/2025, a Aprosoja/MS prevê novos desafios, já que o cenário climático adverso deve continuar. A entidade defende maior investimento em tecnologias de manejo, irrigação e monitoramento climático, além de políticas públicas que ajudem a reduzir os impactos da estiagem.


“O estudo mostra a resiliência dos produtores, mas também reforça que o clima é determinante na produção agrícola. É preciso ampliar o debate sobre gestão hídrica e adoção de tecnologias para garantir a sustentabilidade do setor”, afirmou o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc.

O levantamento foi elaborado com dados dos projetos SIGA-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul) e Produtividade, que acompanham o desempenho das lavouras em 79 municípios por meio de observações de campo e sensoriamento remoto.

O estudo também embasou o Projeto de Lei 5.122/2023, que propõe liquidação, anistia e renegociação de dívidas rurais, incluindo operações de crédito, CPR (Cédula de Produto Rural), fornecedores e cooperativas.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.