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Meio Ambiente

Audiência discute usina que vai alagar 108 hectares em Ribas do Rio Pardo

O reservatório da Pequena Central Hidrelétrica será formado para geração de 11,57 megawatts

Por Aline dos Santos | 04/06/2024 11:18
Coordenadas geográficas da localização da futura PCH ( Pequena Central Hidrelétrica). (Foto: Reprodução)
Coordenadas geográficas da localização da futura PCH ( Pequena Central Hidrelétrica). (Foto: Reprodução)

A construção de PCH (Pequena Central Hidrelétrica), com reservatório que terá área alagada de 108,67 hectares em Ribas do Rio Pardo (equivalente a 108 campos de futebol), a 103 km de Campo Grande, será discutida em audiência pública no próximo dia 27.

Na ocasião, será apresentado o Rima (Relatório de Impacto Ambiental) do licenciamento ambiental da usina (licença prévia). O debate é sobre impactos negativos e positivos, as medidas mitigadoras e compensatórias, além dos programas ambientais propostos.

Os empreendedores são a Cinetix Participações Societárias Ltda, fundada em 2020, e a Enebras Projetos de Usinas Hidrelétricas Ltda, fundada em 2004. Ambas com sede em Xanxerê (Santa Catarina).

A PCH Ribas será instalada na zona rural do município, no Ribeirão das Botas, corpo hídrico inserido na bacia do Rio Pardo, que pertence à Bacia do Rio Paraná.

O aproveitamento hidrelétrico pela PCH Ribas funcionará a fio d'água, aproveitando a força da correnteza do ribeirão para gerar energia. As obras incluem barragem, canal de adução, casa de força e subestação. A potência total é de 11,57MW (megawatts).

De acordo com o relatório, o principal impacto das hidrelétricas sobre a fauna terrestre é decorrente do desmatamento e da formação do reservatório. “Esse impacto é permanente e inevitável, no entanto, pode ser amenizado com a implantação de Programas de Monitoramento Ambiental, como por exemplo, levantamento e monitoramento periódico da fauna silvestre do entorno e resgate da fauna durante o enchimento do reservatório”, informa o documento.

Durante o estudo, foram registradas 30 espécies de mamíferos, três espécies de morcegos, 151 espécies de aves, 22 espécies de répteis e anfíbios, além de 69 espécies de abelhas.

Na lista de impactos negativos estão: perda de cobertura vegetal (supressão vegetal), alteração da riqueza e abundância de espécies da fauna, alteração da composição e estrutura populacional da ictiofauna (conjunto de espécie de peixes), alteração da dinâmica demográfica e alteração da paisagem.

Nos impactos positivos surgem: geração de empregos, elevação das receitas públicas municipais, dinamização da economia, mobilização da sociedade civil e ampliação do conhecimento técnico-científico.

Dados da PCH divulgados em estudo de impacto ambiental. (Foto: Reprodução)
Dados da PCH divulgados em estudo de impacto ambiental. (Foto: Reprodução)

As medidas mitigadoras para diminuir impactos negativos são: implantar plano de desmatamento controlado, coleta de sementes para formação de banco de germoplasma (material genético), compensação ambiental, resgate e afugentamento de fauna, monitoramento da fauna, monitoramento da ictiofauna, ações de comunicação e interação social, indenização dos proprietários pela perda de terras, prevenção de processos erosivos e recomposição da vegetação marginal.

Ribas do Rio Pardo se destaca pela forte crescimento econômico com a contrução de fábrica de celulose.

Serviço – Marcada para às 19h de 27 de junho, no Sindicato Rural de Ribas do Rio Pardo, a audiência pública será realizada de forma presencial e virtual, com transmissão pelo canal do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) no YouTube. O sindicato fica localizado na Rua Carlos Anconi, 560, Jardim Vista Alegre.

Para participar do evento de forma interativa, encaminhando comentários e perguntas, é necessário que os interessados se inscrevam previamente de forma virtual. Os interessados deverão primeiro fazer sua inscrição e depois acessar a audiência virtual no horário e dia marcado. Para se inscrever na modalidade virtual, clique aqui

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