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Meio Ambiente

Botânica que nasceu em Corumbá estampa selo dos Correios

Outras seis mulheres que foram pioneiras das ciências brasileiras estão sendo homenageadas

Por Geniffer Valeriano | 17/12/2024 15:29
Selo dos Correios estampado pela Corumbaense Graziela Maciel Barroso (Foto: Divulgação)
Selo dos Correios estampado pela Corumbaense Graziela Maciel Barroso (Foto: Divulgação)

Graziela Maciel Barroso, botânica que nasceu em Corumbá, cidade que fica a 428 km da Capital, está estampando selo dos Correios. Além da sul-mato-grossense, outras seis mulheres que foram pioneiras das ciências brasileiras estão sendo homenageadas.

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Graziela Maciel Barroso, uma botânica nascida em Corumbá em 1912, foi a primeira mulher aprovada como naturalista no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, desafiando as normas de gênero da época. Ela se destacou na sistemática vegetal, identificando novos gêneros e espécies, e foi uma defensora da liberdade durante a ditadura militar. Em homenagem a sua contribuição, um selo dos Correios foi lançado com seu retrato e elementos botânicos, incluindo a espécie Dorstenia grazielae. Além dela, outras seis mulheres pioneiras nas ciências brasileiras também foram homenageadas.

Nascida no dia 11 de abril de 1912, aos 34 anos Graziele ignorou as convenções de gêneros impostas na época e concorreu a uma vaga de concurso público para o cargo de naturalista no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A corumbaense foi a primeira mulher aprovada nesta instituição.

A botânica atuou na área da Sistemática Vegetal, exercendo atividades principalmente na linha da Taxonomia, ciência que classifica e organiza as espécies, estudando as suas diferenças e semelhanças. Nos primeiros anos de sua carreira, Graziela identificou oito novos gêneros e 84 espécies da família da Compositae.

A cientista ainda atuou na área de Morfologia. Ao aceitar integrar o quadro de professores que fundou departamentos e institutos da Universidade de Brasília, Graziela deixou o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Durante a ditadura militar, a corumbaense lutou em defesa da liberdade, protegeu alunos de prisões e protestou contra demissões de professores.

Pouco antes de sua morte, que ocorreu em 2003, Graziela foi eleita para a Academia Brasileira de Ciências. Porém, a condecoração foi realizada após o seu falecimento.

Sobre o selo - O selo estampado com o rosto da corumbaense possui ilustrações e elementos da botânica. Entre eles está a espécie Dorstenia grazielae, que está entre os objetos de sua pesquisa.

Além de Graziela, os Correios também estão homenageando a primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques, a bióloga Bertha Lutz, Carolina Bori, psicóloga que introduziu a Análise Experimental do Comportamento no Brasil, a física Marcia Barbosa, a médica Maria Deane e a fisíca Sonia Guimarães .

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