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Meio Ambiente

Ecoa pede ajuda ao governador após ficar fora de edital ambiental

Organização teme que 23 brigadas comunitárias do Pantanal fiquem sem apoio

Por Inara Silva | 30/07/2025 16:32
Ecoa pede ajuda ao governador após ficar fora de edital ambiental
Brigadista combate queimadas na região pantaneira (Foto: Divulgação)

A Ecoa (Ecologia e Ação) enviou uma carta ao governador Eduardo Corrêa Riedel, nesta quarta-feira (30), pedindo apoio direto às brigadas comunitárias voluntárias que atuam no Pantanal. O pedido veio após a reprovação de dois projetos da ONG no edital do Fundo Clima Pantanal, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

RESUMO

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A Ecoa (Ecologia e Ação) solicitou apoio ao governador Eduardo Corrêa Riedel após a reprovação de dois projetos no edital do Fundo Clima Pantanal. A ONG, que atua no combate a incêndios no Pantanal, destaca a necessidade urgente de retreinamento e novos equipamentos para suas brigadas comunitárias, especialmente diante da estiagem.No documento enviado, a Ecoa argumenta que apenas duas brigadas foram contempladas pelo edital e que brigadas indígenas experientes foram desclassificadas. A ONG também menciona que sua desclassificação se deu por um documento trabalhista vencido, apesar de nunca ter enfrentado ações na Justiça do Trabalho. Sem apoio, as 23 brigadas formadas pela Ecoa correm o risco de ficarem sem recursos essenciais.

No documento, assinado pela diretora da Ecoa, Nathália Eberhardt Ziolkowski, a entidade afirma que os equipamentos usados no combate a incêndios estão desgastados e que as brigadas precisam de retreinamento com urgência, especialmente diante da estiagem e do aumento do estresse hídrico em algumas áreas do bioma.

A organização lembra que criou, em parceria com o Corpo de Bombeiros, a primeira brigada comunitária da região em 2006, na Serra do Amolar. Desde então, participou da formação de 23 brigadas em diferentes comunidades, reunindo mais de 300 voluntários.

Reprovação e apelo

Apesar da experiência, os projetos da Ecoa voltados a comunidades — incluindo aldeias indígenas — foram desclassificados no edital. A ONG afirma que os critérios usados não deveriam ter caráter eliminatório. A carta enviada ao governo estadual reforça que não se trata de recurso contra o resultado do edital, mas de um pedido emergencial para manter as brigadas ativas.

Entre os argumentos da Ecoa estão:

  • Apenas duas brigadas foram contempladas pelo edital;

  • Brigadas indígenas, reconhecidas pelo Prevfogo como das mais experientes, ficaram de fora.

  • A desclassificação da própria Ecoa foi motivada por um documento trabalhista vencido durante a análise, embora a entidade afirme jamais ter enfrentado ação na Justiça do Trabalho.

  • Em 36 anos de atuação, a ONG nunca viveu situação semelhante em outros editais, públicos ou privados.

  • Sem apoio, as 23 brigadas podem ficar sem equipamentos e treinamento.