Onça-parda é capturada na Capital e vai receber chip antes de ser solta
A onça-parda que apareceu hoje de manhã em um condomínio no Jardim Paradiso, em Campo Grande, e depois se escondeu numa casa na Vila Nasser, foi capturada com o uso de um dardo com tranquilizante e vai receber um chip, entre as escápulas, para ser monitorada quando for solta na natureza. Ela recebeu um tiro com tranquilizante e, adormecida após 12 minutos, foi colocada em uma caixa e levada para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).
O animal, segundo o médico veterinário do CRAS, Álvaro Cardoso, tem no máximo um ano e meio e pesa em torno de 35 quilos. “É um jovem adulto”, definiu o profissional, que contou com a ajuda do estudante de veterinária do Centro, Rodrigo Costa Leal, de 31 anos, para fazer o resgate do bicho, como eles chamam. Rodrigo abriu a porta do banheiro onde o felino estava e, com um rifle de contenção de curta distância, Álvaro atirou o dardo com uma mistura de dois tranquilizantes.
A operação envolveu policiais militares, policiais militares ambientais, bombeiros e a equipe do CRAS. O trabalho também atraiu muitos curiosos à frente da casa. Como a área não foi toda isolada, assim que a onça foi colocada numa caixa, dentro da caminhonete, muitas pessoas se aproximaram do veículo para fazer fotos dos bichos.
O local onde a onça vai ser solta ainda não foi definido. O veterinário do CRAS disse que, como há muitas áreas de mata no entorno de Campo Grande não é possível definir de ontem o animal surgiu.
Ela foi vista, logo de manhã, no banheiro de uma obra do Residencial Set Vilage I, no Jardim Paradiso, quando os operários chegaram para trabalhar. Acuada, acabou escapando e se abrigando na casa onde estava uma mulher e um jovem, que ficaram presos dentro de residência até a operação ser concluída. Ao todo, a onça ficou em torno de 3 horas solta.
Onça fujona – Essa é a primeira vez que um bicho assim é visto de tão perto, mas não é a primeira operação para capturar uma felino em Campo Grande.
Em 2011, uma onça-pintada fugiu do CRAS e ficou solta na cidade, até ser capturada e solta na natureza, com um chip para acompanhamento dos movimentos instalado.
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