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Meio Ambiente

Parque pantaneiro pode se autofinanciar com créditos de carbono e biodiversidade

Estudo também recomenda capacitar equipes e envolver comunidades vizinhas

Por Gabriela Couto | 06/05/2025 15:52
Parque pantaneiro pode se autofinanciar com créditos de carbono e biodiversidade
Imagem aérea do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (Foto: Divulgação)

Um estudo feito pela Wetlands International Brasil e pela Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal concluiu que o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (PEPRN), em Mato Grosso do Sul, tem grande potencial para aplicar Soluções Baseadas na Natureza (SbN).

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Estudo aponta potencial do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro para gerar créditos de carbono e biodiversidade. A pesquisa, realizada pela Wetlands International Brasil e Mupan, com apoio do IMASUL, indica que a conservação da vegetação nativa e o manejo do fogo podem financiar a preservação da área. O modelo pode ser replicado em outras unidades de conservação. A iniciativa busca transformar os serviços ambientais em recursos financeiros para a conservação. Apesar do potencial, há desafios como a necessidade de estudos sobre o impacto do fogo e a dinâmica do carbono. O projeto prevê capacitação de equipes e envolvimento comunitário para garantir benefícios ambientais e sociais, contribuindo para a meta de Mato Grosso do Sul de neutralizar as emissões de carbono até 2030.

O levantamento foi realizado com apoio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) e mostra que o Parque pode gerar créditos ambientais, como os de carbono e biodiversidade, por meio da conservação da vegetação nativa e do manejo do fogo. Esses créditos podem ajudar a financiar a própria preservação da área.

Leonardo Tostes, gerente de Unidades de Conservação do IMASUL, disse que o estudo é um marco para o estado e pode servir de modelo para outras áreas protegidas, como o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari.

“Este projeto contribui diretamente para o fortalecimento da gestão das unidades de conservação, trazendo novas perspectivas para a implementação de mecanismos financeiros que garantam a preservação dos recursos naturais no longo prazo", afirmou.

Letícia Larcher, da Wetlands International Brasil, explicou que o trabalho avaliou formas de transformar os serviços da natureza em recursos para conservação. “O Parque tem um grande potencial para gerar créditos ambientais, mas ainda há desafios a serem superados, como a necessidade de mais estudos sobre o impacto do fogo no solo e a dinâmica do carbono nas áreas úmidas do Pantanal”, explicou.

O estudo também recomenda capacitar equipes e envolver comunidades vizinhas para garantir que os créditos ambientais gerem benefícios reais para o meio ambiente e para a população local. A iniciativa reforça o compromisso do estado com a conservação dos biomas e a meta de atingir carbono neutro até 2030.

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