Riedel diz que MS cresce protegendo biomas e mira carbono neutro até 2030
Governador apresenta ações de desenvolvimento sustentável e de municipalismo na COP30

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), afirmou nesta quarta-feira (12), na COP30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que é possível crescer economicamente sem abrir mão da preservação ambiental. Ao lado dos secretários estaduais de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck e Artur Falcette, o progressista discutiu políticas integradas para fortalecer o papel de estados e municípios na governança climática.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, defendeu na COP30 que o crescimento econômico pode coexistir com a preservação ambiental. O estado, que abriga os biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, mantém 94% de sua energia renovável e apresenta crescimento anual entre 5% e 6%, superior à média nacional. Com meta de alcançar neutralidade de carbono até 2030, o governo estadual implementa estratégias que incluem parcerias municipais através do programa MS Ativo. A iniciativa já estabeleceu contratos de gestão com roadmap de carbono neutro em 70 dos 79 municípios, priorizando também inclusão social e geração de empregos, com taxa de desemprego inferior a 3%.
“Nunca entendemos que fosse um paradoxo o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção de atividades de baixo carbono e a preservação da nossa biodiversidade”, disse Riedel.
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Aos participantes do fórum que debateu o tema na cidade de Belém (PA), o governador explicou que Mato Grosso do Sul concentra três biomas: Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, e que dois terços do Pantanal permanecem preservados por leis e políticas públicas. “Hoje, 94% da energia do Estado é renovável, com manutenção dos biomas. Essa é uma diretriz clara desde o início do nosso governo e tem dado certo. O Estado cresce duas a três vezes acima da média nacional, entre 5% e 6% ao ano. O objetivo é ser carbono neutro em 2030”, afirmou.
Riedel destacou o municipalismo como base de sua estratégia. “Temos o programa MS Ativo, que reúne os 79 prefeitos e suas bancadas de vereadores. Ouvimos: qual é a dor do município? Ali, o Estado pôde se fazer presente, trabalhando com obras de infraestrutura, e depois evoluímos para parcerias na saúde e na educação”, disse. Ele acrescentou que contratos de gestão já definem um plano de carbono neutro para os municípios, concluído em 70 deles.
O governador ressaltou que o desenvolvimento do Estado também prioriza inclusão social e geração de empregos. “O desafio é olhar o desenvolvimento social dessas pessoas, atrelado a esse processo de crescimento. Temos taxas de desemprego inferiores a 3% e buscamos reduzir ao máximo a pobreza extrema. Se houver diálogo e deixarmos a politicagem de lado, os resultados aparecem”, afirmou.
“Deixo nossa experiência e total disponibilidade para compartilhar e discutir com qualquer um que queira conhecer”, finalizou.
Agenda - Riedel iniciou o dia com o Café na Amazônia, com encontro de governadores, promovido pelo governo do Pará, e participou do painel da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) sobre o papel dos governos subnacionais.
Nesta quinta (13), ele segue para o painel MS na Agrizone, da Embrapa, e para o encontro sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, da Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente). A estratégia tem como eixos principais a neutralidade de emissões, o fortalecimento da agropecuária sustentável e a transição energética justa, com ampliação de fontes limpas, como biogás, etanol, biomassa, hidrogênio verde e energia solar.
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