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Meio Ambiente

Plano de pesca sustentável lançado na COP30 será ampliado em Campo Grande

A proposta é que as discussões sobre a conservação de espécies comecem em Belém e terminem em MS

Por Judson Marinho | 12/11/2025 18:00
Plano de pesca sustentável lançado na COP30 será ampliado em Campo Grande

O MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) lançou, nesta terça-feira (11), na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em Belém (PA), o “Roteiro Belém–Campo Grande para a Pesca e Aquicultura Sustentáveis”.

RESUMO

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O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) lançou, durante a COP30 em Belém, o "Roteiro Belém–Campo Grande para a Pesca e Aquicultura Sustentáveis". O plano visa promover o desenvolvimento sustentável do setor, com foco na preservação dos recursos pesqueiros frente às mudanças climáticas. O documento conecta a COP30 à 5ª Conferência da Convenção sobre Espécies Migratórias, que ocorrerá em Campo Grande em 2026, ampliando as discussões sobre conservação e gestão responsável dos ecossistemas aquáticos.O roteiro destaca a cooperação entre países amazônicos para a conservação dos estoques pesqueiros, além de enfatizar a importância da pesca sustentável para a economia e o meio ambiente. Representantes internacionais reforçaram a necessidade de fortalecer o cooperativismo e a ciência na gestão dos recursos aquáticos. O Brasil reafirma seu papel estratégico na integração entre Amazônia e Pantanal, promovendo a biodiversidade e a produção sustentável. As discussões continuarão em 2026, com a elaboração de um plano de ação detalhado.

O documento traça diretrizes para o desenvolvimento sustentável do setor e propõe um plano de ação coletivo voltado à preservação dos recursos pesqueiros em meio às mudanças climáticas.

O roteiro conecta a COP30 à 5ª Conferência da CMS (Convenção sobre Espécies Migratórias), que será realizada em Campo Grande (MS), entre os dias 23 e 29 de março de 2026. O encontro na capital sul-mato-grossense dará continuidade às discussões iniciadas em Belém, aprofundando as estratégias de conservação e gestão responsável dos ecossistemas aquáticos.

Durante o lançamento, o secretário-executivo de Pesca e Aquicultura, Édipo Araújo, destacou que o plano visa unir esforços nacionais e internacionais em prol da sustentabilidade.

“Esse roteiro marca o trajeto que queremos trilhar, mobilizando nossos parceiros nacionais e internacionais com o objetivo de construir um plano de ação coletivo voltado à geração de dados e monitoramento, visando o melhor manejo da atividade pesqueira na Amazônia”, afirmou.

Um dos eixos centrais do Roteiro Belém–Campo Grande é o fortalecimento da cooperação entre os países amazônicos para a conservação dos estoques pesqueiros compartilhados, tema que se tornou um desafio crescente diante dos efeitos das mudanças climáticas.

Araújo reforçou que a pesca e a aquicultura sustentáveis são essenciais não apenas para a economia, mas também para a preservação ambiental.

“A pesca gera emprego e renda para milhões de pessoas nas comunidades amazônicas. Os pescadores sabem que dependem da saúde dos rios, mares e florestas para terem peixes em abundância. Por isso, são verdadeiros guardiões dos territórios em que vivem”, declarou.

O lançamento do roteiro pelo Ministério da Pesca e Aquicultura também contou com a presença de representantes internacionais. A presidente-executiva do Instituto de Pesquisa da Amazônia Peruana, Carmen García, ressaltou a importância de fortalecer o cooperativismo e os serviços financeiros como ferramentas de valorização das cadeias produtivas sustentáveis.

“Temos uma agenda corajosa, que inclui o fortalecimento de serviços financeiros e do cooperativismo para consolidar a pesca sustentável”, disse.

Já a vice-ministra de Pesca e Aquicultura da Noruega destacou a relevância da ciência na gestão dos recursos aquáticos e na garantia da segurança alimentar global.

“Aprendemos por experiência que o ecossistema determina o quanto podemos colher e quais métodos devemos usar para proteger os recursos e minimizar a captura”, afirmou.

Com o lançamento do roteiro, de acordo com o MPA, o Brasil reforça o seu papel estratégico na promoção da pesca sustentável e na integração entre Amazônia e Pantanal como eixos de biodiversidade e produção.

As discussões iniciadas na COP30 seguirão até o dia 21 de novembro e terão continuidade em Campo Grande, em 2026, quando será detalhado o plano de ação para a conservação e o manejo sustentável da pesca no país e na região amazônica.