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Cidades

Saiba como o corpo reage à onda de calor que põe em alerta 11 cidades de MS

Inmet emitiu aviso em 22 de dezembro; ele persiste até esta segunda-feira (29)

Por Cassia Modena | 28/12/2025 14:55
Saiba como o corpo reage à onda de calor que põe em alerta 11 cidades de MS
Sol forte ilumina o céu no Bairro Jardim Itanhangá, em Campo Grande, nesta manhã (Foto: Juliano Almeida)

Até as 18h desta segunda (29), 11 municípios de Mato Grosso do Sul devem continuar sob alerta para a onda de calor que atinge o Brasil desde a semana passada. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), eles são: Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Cassilândia, Chapadão do Sul, Inocência, Três Lagoas e Santa Rita do Pardo.

RESUMO

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Onze municípios de Mato Grosso do Sul permanecem sob alerta de onda de calor até as 18h desta segunda-feira. O fenômeno, que atinge o Brasil desde 22 de dezembro, é causado por uma massa de ar quente e seco sobre o Centro-Sul do país, mantendo as temperaturas 5°C acima da média. Especialistas alertam sobre os riscos à saúde, incluindo aumento da frequência cardíaca e pressão arterial. Podem ocorrer câimbras, fadiga e, em casos graves, choque térmico. Idosos, crianças e pessoas com comorbidades são mais vulneráveis. A hidratação constante é fundamental para prevenção de problemas de saúde.

O aviso do instituto começou em 22 de dezembro, abrangendo oito Estados e indicando que os termômetros devem permanecer cerca de 5°C acima da média climatológica, com possível impacto direto sobre a saúde.

A situação extrema é provocada pela atuação de uma massa de ar quente e seco que se firmou sobre o Centro-Sul do país. Esse sistema se alia a um sistema de alta pressão que bloqueia o avanço de frentes frias e de frentes de chuva, mantendo o ar quente "preso".

Saúde humana - Especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo explicam como o corpo humano reage ao estresse térmico provocado pelas altas temperaturas e como prevenir problemas de saúde diante disso.

Um dos efeitos está relacionado ao coração. "Quando estamos expostos a temperaturas mais elevadas, ocorrem adaptações no nosso corpo. A frequência cardíaca aumenta como um mecanismo compensatório, assim como a pressão arterial", explicou Lucas Albanaz, clínico geral, coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia, de Brasília (DF), e mestre em ciências médicas.

O corpo também pode responder com cãibra por falta de eletrólitos (eliminados no suor), sede e fadiga, complementa o médico Alexander Daudt, coordenador do Núcleo de Medicina de Estilo de Vida do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS).

"Outros sintomas mais graves, como tontura, náuseas ou vômitos também podem aparecer. Se a pessoa não conseguir aliviar esse calor, o quadro pode evoluir para choque térmico, com confusão mental, convulsões, e seguindo para a falência de múltiplos órgãos e óbito", ele continua.

Os riscos são maiores entre idosos e crianças, pessoas com comorbidades, trabalhadores que precisam se expor ao sol e aqueles que fazem uso de medicações que reduzem a tolerância ao calor. "É o caso de pacientes que tomam remédios diuréticos, por exemplo. Eles naturalmente já perdem mais água, e precisam de cuidado extra com hidratação", aponta Daudt.

A principal dica para proteger a saúde durante o período é a hidratação. "A palavra de ordem é hidratação, que deve ser feita principalmente pela ingestão de líquidos. Também é indicado hidratar a pele, com cremes, as narinas, com soro fisiológico, e os olhos, com colírio. Essas partes do corpo também são afetadas", diz Albanaz.

Seguem válidas também as dicas da OMS (Organização Mundial da Saúde) de tentar manter a casa fresca, usar compressas frias para aliviar o calor e evitar fazer atividade física nos horários mais quentes do dia.

Mudança de tempo - Em Mato Grosso do Sul, a previsão indica possibilidade de mudança de tempo a partir da segunda-feira também, com um réveillon chuvoso em alguns municípios.

De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a mudança poderá ser causada pelo transporte de calor e umidade associado a áreas de baixa pressão atmosférica, que vão se somar à influência da frente fria. Os acumulados de chuva podem ultrapassar 40 milímetros em 24 horas em alguns municípios, além de haver possibilidade de rajadas de vento acima de 50 km/h em pontos isolados.

Confira aqui a previsão do tempo para os últimos dias e 1º de janeiro de 2026.

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