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Em cadeira de rodas, cadela Pipoca leva alegria para as crianças

Pipoca é a primeira vira-lata a integrar o projeto ‘Cão Heroi, Cão Amigo’ e pioneira em inclusão social

Por Idaicy Solano | 18/12/2024 06:30

Sobrevivente de um acidente que deixou sequelas e lhe roubou a liberdade de correr, pular e brincar livremente, a cadelinha Pipoca, hoje em dia, desfila orgulhosa por aí com sua cadeira de rodas vermelha customizada, com direito até a um giroflex.

Graciosa e melhor amiga das crianças, Pipoca chama atenção por onde passa. Além disso, desempenha um papel importante no projeto ‘Cão Herói, Cão Amigo’, que consiste em um grupo de voluntários humanos, junto com os cachorros, em um trabalho de terapia assistida por cães.

A tutora, a médica veterinária Aline Harada, explica que o projeto é uma iniciativa dos Bombeiros Militares de Campo Grande, que realizam intervenções assistidas, também conhecidas como terapia com cães.

O grupo é formado por cães selecionados para visitar e interagir com crianças e adultos com necessidades especiais em escolas, hospitais, asilos e outras instituições, ajudando a proporcionar bem-estar e melhorar a qualidade de vida dos assistidos.

De acordo com a médica veterinária, Pipoca é a primeira vira-lata a integrar o projeto, sendo pioneira em inclusão social. “Hoje, ela é uma das integrantes mais queridas do grupo, conquistando a todos com sua energia contagiante e vontade de viver”, destaca.

Atuando há seis meses no projeto, Pipoca é responsável por levar alegria, principalmente, a crianças em condições especiais. Um dos momentos mais marcantes de sua participação, segundo Aline, foi em um evento com crianças autistas, onde havia um menino cadeirante.

“Quando ele viu a Pipoca, seus olhos brilharam de alegria. Ele ria e apontava para a cadeira dela, dizendo: ‘É vermelha, igual à minha!’. A cena emocionou todos que estavam por perto e reforçou o impacto transformador do projeto”, expressa Aline.

Pipoca é a primeira vira-lata a integrar o projeto, sendo pioneira em inclusão social (Foto: Arquivo Pessoal)
Pipoca é a primeira vira-lata a integrar o projeto, sendo pioneira em inclusão social (Foto: Arquivo Pessoal)

Aline relata que Pipoca tem três anos de idade, e foi resgatada pela ONG (Organização Não Governamental) Grupo Ammar, após ser atropelada. O acidente causou na cadela fraturas na coluna e na mandíbula. Apesar de passar por cirurgias, Pipoca não conseguiu recuperar os movimentos das pernas e passou a viver em uma clínica veterinária.

Na época, Aline conta que trabalhava na clínica que acolhia Pipoca, e mais três animais em cadeiras de rodas, e ao pedir demissão, tomou também a decisão de levar os quatro animais com ela.

Entre os quatro, dois ficaram paralíticos após atropelamentos, um devido às sequelas de cinomose, e o outro, que já faleceu, sofreu uma lesão na coluna quando um portão caiu sobre ele, quando ainda era filhote.

“Animais cadeirantes enfrentam grandes dificuldades para serem adotados devido aos cuidados intensivos que exigem, como troca de fraldas, prevenção de assaduras e tratamento de feridas”, destaca.

A adoção de Pipoca, no entanto, trouxe um novo significado para a vida da cadela, e também de Aline, que faz parte do projeto há nove anos. Pipoca se tornou oficialmente uma cadela bombeira há seis meses, e desde então, vem espalhando alegria por onde passa.

Pipoca e sua tutora, Aline Harada (Foto: Arquivo Pessoal)
Pipoca e sua tutora, Aline Harada (Foto: Arquivo Pessoal)

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