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Política

Cida defende legado no Ministério das Mulheres e volta para MS

Ex-ministra diz que não tem mágoas após demissão oficializada no dia 5 de maio

Por Fernanda Palheta | 17/05/2025 17:03
Cida defende legado no Ministério das Mulheres e volta para MS
Ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi exonerada no início do mês (Foto: Juliano Almeida)

Duas semanas após a demissão do Ministério das Mulheres, a ex-ministra da pasta, Cida Gonçalves, diz que volta a atuar em Mato Grosso do Sul sem mágoas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o lançamento da candidatura do deputado federal Vander Loubet (PT) à Executiva Estadual do partido, a sul-mato-grossense ainda defendeu o legado que deixou no Governo Estadual.

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A ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi exonerada no início de maio e retornará a Mato Grosso do Sul sem ressentimentos em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o lançamento da candidatura de Vander Loubet à Executiva Estadual do PT, Cida defendeu seu legado no ministério, destacando avanços significativos, como o aumento do orçamento e a implementação de programas voltados para mulheres. Cida, que enfrentou denúncias de assédio moral, negou as acusações e atribuiu sua demissão a pressões externas, afirmando que a decisão foi influenciada pela imprensa. Ela planeja reabrir sua empresa de consultoria para apoiar a organização das mulheres em seu estado. A troca no ministério já era esperada e mantém a pasta sob o controle do Partido dos Trabalhadores.

“Eu acho que existem diferenças entre você sair magoada e não sair magoada. Eu não sair magoada. Não é uma coisa que eu fui expulsa do governo. A gente teve uma conversa e chegou numa conclusão juntos. Tem uma mudança de rumo a ser travada aí no processo para 2026 e para o próprio projeto político geral. E pra mim também tem uma outra mudança de rumo. Para mim acho que é voltar pro Estado. É reorganizar a base”.

Cida enfrentou denúncias de assédio moral dentro da pasta — acusações que ela nega. Em fevereiro, a Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou um processo relacionado ao caso. Para ela, a demissão foi resultado de uma pressão externa. “Quem me demitiu, na verdade, foi a imprensa, não o presidente Lula”, completou.

A conversa derradeira com Lula havia sido solicitada pela então ministra em fevereiro deste ano. “A gente só homologou agora”.

Cida avalia que ao longo dos mais de dois anos de trabalho a frente do Ministério houveram avanços significativos. “Primeiro, em construir um ministério. A gente nunca teve um ministério, a gente teve secretaria especial. Então, colocar um ministério para funcionar. Eu herdei uma secretaria na época com R$ 23 milhões só para investir. Estou deixando com quase R$ 500 milhões. Para mim tem um avanço já que o orçamento determina a sua capacidade de gestão e de execução”, aponta.

Ela ainda cita os programas estabelecidos na primeira metade do mandato de Lula. “Nós voltamos o programa Mulher Viver Sem Violência com as Casas da Mulher Brasileira, sendo 17 em funcionamento, 16 em construção, 19 em implementação. Então nós estruturamos o Brasil para a política pública para as mulheres. Eu acho que essa foi a minha função”.

De volta a Mato Grosso do Sul, a ex-ministra pretende reabrir a empresa de consultoria para “ajudar a organizar as mulheres”.

Exoneração - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Cida Gonçalves do cargo de ministra das Mulheres no dia 5 de maio. No lugar dela, Lula nomeou a assistente social e professora Márcia Lopes. A troca no comando do ministério já era esperada dentro do governo e mantém a pasta sob o controle do Partido dos Trabalhadores. O Ministério das Mulheres foi recriado por Lula em seu terceiro mandato, já que, no governo Jair Bolsonaro (2019-2022), as políticas voltadas à área estavam integradas ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

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