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Cidades

Capital melhora rastreio de casos e deixa de ser "bandeira preta" para covid

Já São Gabriel do Oeste e Sidrolândia ganharam a classificação com recomendação de lockdown

Jones Mário | 14/08/2020 11:17
Movimento na Rua 14 de Julho, região central de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Movimento na Rua 14 de Julho, região central de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Campo Grande deixou a faixa de risco extremo para novo coronavírus, segundo classificação do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia). A Capital, com quase 15 mil casos confirmados e 223 mortes, agora está sob bandeira vermelha, de risco alto.

Apresentada hoje (14), a nova definição tira Campo Grande da recomendação de lockdown, quando é sugerido funcionamento só de serviços essenciais (como unidades de Saúde, postos de combustíveis, funerárias). A classificação vermelha permite também atividades de baixo risco, como representação comercial, ambulantes, profissionais liberais e rede hoteleira.

Em transmissão ao vivo, hoje, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Riedel, disse que a Capital melhorou em três critérios examinados pelo Prosseguir - rastreio de contatos de casos confirmados, disponibilidade de exames e estoque de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Campo Grande ficou dois meses sob bandeira preta. No período, o toque de recolher foi flexibilizado em uma hora e o comércio ganhou mais tempo de funcionamento.

A maior restrição imposta na Capital foi a “lei seca” decretada esta semana, que segue até domingo (16). No período, fica proibido consumir bebida alcoólica em bares, restaurantes ou qualquer local público, medida imposta para frear aglomerações.

(Infográfico: Ricardo Oliveira)
(Infográfico: Ricardo Oliveira)

Enquanto a Capital saiu da zona de risco mais grave, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia entraram. A primeira tem 676 casos confirmados e quatro mortes. A segunda soma 1.119 ocorrências e 17 óbitos.

Aquidauana e Miranda, que faziam companhia à Campo Grande na faixa preta, também melhoraram seus indicadores e agora habitam a zona vermelha.

Conforme Riedel, 41 cidades não apresentaram melhora em relação à última atualização, há duas semanas. Outras 31 melhoraram e sete pioraram.

A maior parte dos municípios, 46, estão sob bandeira laranja, de risco médio para a pandemia. Outros 21 estão na faixa vermelha. Só São Gabriel e Sidrolândia têm bandeira preta.

A zona amarela, de risco tolerável, agora soma dez cidades. A faixa verde, de risco baixo, continua sem nenhum município. Os mapas podem ser conferidos na Galeria de Imagens ao fim da matéria.

Prosseguir - Os dez indicadores de saúde que definem o grau de risco dos municípios consideram a disponibilidade de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva), de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos, e necessidade de expansão de leitos.

A iniciativa do governo estadual define recomendações de endurecimento ou flexibilização das medidas de enfrentamento à pandemia de acordo com o diagnóstico de cada cidade.

A metodologia do programa foi desenvolvida pelo governo do Estado em parceria com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), braço continental da OMS (Organização Mundial de Saúde).

O patamar vermelho fica uma casa acima do risco extremo, de cor preta. Cidades pintadas em laranja têm risco médio para a pandemia. Uma evolução leva ao patamar tolerável, de cor amarela. O ideal é atingir o risco baixo, ilustrado pela cor verde.

O programa é monitorado por um Comitê Gestor, formado colegiado de secretarias. O grupo se reúne a cada 15 dias para análise e avaliação dos indicadores.

Confira a galeria de imagens:

  • (Infográfico: Governo de MS)
  • (Infográfico: Governo de MS)
  • (Infográfico: Governo de MS)
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