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Cidades

Casal consegue na justiça remédio de R$ 2,1 mil para manter gravidez

Diagnosticada com trombofilia e hiper-homocisteinemia, enfermeira já tinha sofrido dois abortos espontâneos

Por Ketlen Gomes | 06/05/2025 15:33
Casal consegue na justiça remédio de R$ 2,1 mil para manter gravidez
Mayara e Maicon estão a espera de Melissa e conseguiram medicamento na Justiça. (Foto: Divulgação Defensoria)

Um casal de Campo Grande obteve na Justiça, por meio de liminar, a concessão imediata de medicamentos essenciais para a manutenção da gravidez. Os remédios, que custam em média R$ 2,1 mil por mês, são indispensáveis para o tratamento da enfermeira Mayara Brito Teixeira, de 32 anos, que enfrenta uma gestação de risco. Ela e o marido, o engenheiro civil Maicon Aparecido Nunes de Andrade, também de 32 anos, já passaram por dois abortos espontâneos.

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Casal de Campo Grande obteve na Justiça medicamentos essenciais para manutenção da gravidez de risco. Mayara Teixeira, de 32 anos, diagnosticada com trombofilia associada à hiper-homocisteinemia, necessita de tratamento que custa R$ 2,1 mil mensais. Após dois abortos espontâneos, o casal recorreu à Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. A Justiça determinou que o Estado forneça os medicamentos até 45 dias após o parto. A bebê, que se chamará Melissa, está com seis meses de gestação.

Mayara foi diagnosticada com trombofilia associada à hiper-homocisteinemia, condição que aumenta a propensão à formação de coágulos sanguíneos, agravada por níveis elevados de homocisteína, aminoácido tóxico para os vasos sanguíneos. Por causa da doença, a paciente corre maior risco de desenvolver trombose, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral.

Atualmente com seis meses de gestação, Mayara contou com ajuda de amigos, doações e parcelamentos no cartão de crédito para conseguir manter o tratamento nos primeiros meses. Um dos medicamentos tem custo acessível, mas o segundo chega a R$ 2,1 mil mensais, inviabilizando o pagamento contínuo pelo casal.

Diante da dificuldade, eles recorreram à Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que ajuizou mandado de segurança. A Justiça concedeu liminar obrigando o Estado a fornecer imediatamente os medicamentos e garantir o tratamento até 45 dias após o parto. O caso foi acompanhado pelo NAS (Núcleo Institucional de Atenção à Saúde) da Defensoria.

“A ausência dos medicamentos, conforme laudos médicos, eleva significativamente a probabilidade de aborto espontâneo, restrição de crescimento fetal ou morte fetal”, afirma a defensora pública Carmen Lúcia Trindade Dutra, que atua no Juizado da Saúde e acompanhou o casal.

O bebê já tem nome: Melissa. No entanto, os pais ainda não conseguiram comprar o enxoval. “Ainda não conseguimos comprar as coisas da bebê porque a prioridade estava sendo a medicação”, relatou Mayara, que agradeceu à Defensoria Pública pela assistência.

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