Laudo mostra que bebê morreu por asfixia enquanto era estuprada pelo pai
Menina morreu no dia 9 de julho, depois de sair do hospital, e o próprio pai confessou o crime
Laudo necroscópico confirmou que a bebê de 1 ano e 9 meses foi abusada sexualmente antes de morrer na cidade de Camapuã, a 141 km de Campo Grande, no dia 9 de julho. A causa do óbito foi asfixia mecânica. O pai, que confessou ser autor do crime, foi indiciado por estupro com resultado morte e a mãe da criança por maus-tratos.
RESUMO
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Bebê de um ano e nove meses morre após estupro em Camapuã (MS). Laudo necroscópico confirmou o abuso sexual e apontou asfixia mecânica por sufocação direta como causa da morte. O pai confessou o crime e foi indiciado por estupro com resultado morte. A mãe responderá por maus-tratos. A criança havia recebido alta hospitalar um dia antes do crime, após tratar infecção e pneumonia. O irmão de dois anos da vítima foi afastado da família e está sob acolhimento provisório. A família já era acompanhada pela assistência social desde janeiro por negligência. O caso segue para o Ministério Público.
A bebê havia recebido alta hospitalar em 8 de julho, após tratar uma infecção na traqueostomia (com larvas e piolhos) e pneumonia em Campo Grande. Na noite da alta, a mãe retornou para Camapuã e dormiu com o pai da criança, que a estuprou. A mãe relatou à polícia que a menina brincou no dia seguinte, mas depois passou mal.
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A menina chegou sem vida à unidade de saúde de Camapuã, onde a equipe médica percebeu ferimentos nas partes íntimas e acionou a polícia.
Segundo o delegado que está à frente da investigação, Matheus Alves Vital, o laudo sexológico confirmou o abuso, enquanto o médico legista determinou que a causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação direta, o que significa que a passagem de ar pela traqueostomia da criança foi obstruída. Acredita-se que a asfixia tenha ocorrido durante o estupro.
A tragédia não afetou apenas a bebê, mas também seu irmão de dois anos de idade. A Justiça determinou o afastamento da criança do convívio familiar, impondo medidas protetivas contra os pais. Desde a morte da irmã, o menino está sob acolhimento provisório por meio do Programa Família Acolhedora de Camapuã. Além disso, a 2ª Vara de Justiça da cidade determinou que o menino receba acompanhamento psicológico pela rede pública de saúde para suporte emocional.
A família já era acompanhada pela Assistência Social desde janeiro de 2024, mas o alerta de negligência em relação à bebê chegou ao Conselho Tutelar apenas dois dias antes de sua morte, sem tempo hábil para intervenção.
O pai da criança, que já estava preso desde a morte da filha, foi indiciado pelo crime hediondo de estupro com resultado morte. Ele havia confessado o crime anteriormente, alegando não ter "segurado os impulsos sexuais". A mãe, que foi levada ao Batalhão da PM após a comoção popular e segue em liberdade, agora responderá por maus-tratos.
Com o inquérito concluído e os pais indiciados, o caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá sobre a denúncia formal à Justiça.
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