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Meio Ambiente

Ariranhas mudam de toca e levam filhotes junto em época de reprodução

Cena emocionante revela sensibilidade da espécie e exige respeito dos turistas

Por Inara Silva | 22/07/2025 15:10

Um momento de fofura na vida selvagem foi capturado pelas câmeras-armadilha do Projeto Ariranhas, na região do Pantanal do Rio Negro. A cena mostra uma família de ariranhas em plena mudança de toca carregando seus filhotes na boca. Além de encantar, o momento revela um alerta: a espécie está em época de reprodução, período que vai até setembro e que coincide com a temporada de turismo no Pantanal.

RESUMO

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Uma família de ariranhas foi flagrada em plena mudança de toca, carregando seus filhotes na boca, no Pantanal. O registro, feito pelo Projeto Ariranhas, alerta para a época de reprodução da espécie, que coincide com a temporada de turismo. Visitantes são orientados a manter distância segura e evitar perturbações. As ariranhas, predadoras vorazes e altamente sociais, estão ameaçadas por destruição de habitat, contaminação das águas e conflitos com pescadores.

Como as ariranhas estão mais sensíveis, o Projeto Ariranhas orienta os visitantes que fiquem atentos ao avistarem os animais, pois é fundamental evitar passar com barcos em alta velocidade perto delas, é preciso manter uma distância respeitosa e segura e nunca alimentar esses animais, garantindo a tranquilidade e a segurança da espécie.

As ariranhas são animais com hábitos diurnos e altamente sociais, vivem em grupos de até 20 indivíduos, geralmente, formados por um casal reprodutor com seus jovens e filhotes. Elas preferem  lagos e rios de pouca correnteza, e constroem suas tocas, conhecidas como "locas", sob raízes ou árvores caídas nas margens. Essas “locas” servem como refúgio noturno.

Predador

Conhecida como a "onça dos rios”, ela é um predador voraz e consome, principalmente, peixes (cerca de 3 kg por dia), mas também caranguejos, sapos, cobras e até pequenos jacarés.

A espécie é encontrada exclusivamente na América do Sul, sendo que no Brasil está na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal - bioma que abriga as maiores concentrações da espécie.

Considerada um gigante dos ecossistemas aquáticos sul-americanos, a ariranha pode atingir quase dois metros de comprimento e pesar até 35 quilos. Ela é um animal semiaquático notavelmente hábil em natação e mergulho, habitando tanto ambientes terrestres quanto aquáticos.

Ameaça

Atualmente, a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) classifica a espécie como "em perigo" de extinção, enquanto a lista nacional do ICMBio a considera "vulnerável". Vários fatores se constituem como ameaça: a destruição de seus habitats, a contaminação das águas por agrotóxicos e metais pesados (especialmente do garimpo ilegal), e o conflito com pescadores, que historicamente também as caçavam para o comércio de peles.