Dia e noite, descarte de lixo não para em terreno no Iracy Coelho
População enfrenta lixo, pragas e fumaça sem saber a quem recorrer no poder público
RESUMO
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Moradora do bairro Iracy Coelho, em Campo Grande, denuncia descarte irregular de lixo em terreno na Rua Paulo Leite Soares. A enfermeira Rosy Souza relata que o problema persiste há mais de um ano, com flagrantes de descartes e presença de escorpiões no local. A situação é agravada por queimadas frequentes, que já demandaram intervenção do Corpo de Bombeiros. Moradores alegam ter autorização de um suposto presidente do bairro para usar o local como ponto de descarte, informação contestada pela denunciante. A prefeitura foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso.
A enfermeira Rosy Souza, de 37 anos, moradora do bairro Iracy Coelho, convive há mais de um ano com o acúmulo de lixo e entulho em um terreno próximo à sua casa. Segundo ela, o descarte irregular é frequente e já foi flagrado diversas vezes. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
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“Já abordamos três pessoas jogando lixo. Uma retirou os entulhos, mas as outras se recusaram. Uma senhora chegou a dizer que o presidente do bairro autorizou o uso do local como ponto de descarte”, relata.
Rosy afirma, no entanto, que o nome citado pela mulher como presidente do bairro já não está mais à frente da associação de moradores. O comentário causou estranheza, especialmente pela alegação de que a senhora vive há mais de 30 anos na região, sem demonstrar preocupação com a manutenção do espaço.
O terreno usado para descarte ilegal fica na Rua Paulo Leite Soares, esquina com a Rua Wilson Brasil. A moradora relata que já encontrou escorpiões no local, inclusive “subindo no pé de manga que fica no meio dos lixos”, e que há registros frequentes de queimadas na área.
“Os bombeiros já vieram apagar fogo aqui. Outro dia tive que usar a mangueira para conter as chamas, porque a fumaça invadiu minha casa e não dava para dormir”, conta.
Rosy também relata que não sabe se o bairro atualmente tem um presidente em exercício, nem a quem recorrer na prefeitura para pedir providências.
Por meio de nota, a Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável) informou que as denúncias devem ser feitas pela Central de Atendimento 156. Após o registro, uma equipe vai até o local para verificar a situação.
“Se for identificada irregularidade, o proprietário será notificado para realizar a limpeza. A notificação é enviada pelos Correios, com Aviso de Recebimento (AR), ao endereço cadastrado no imóvel. Após o recebimento, o proprietário tem prazo de 15 dias úteis para cumprir a determinação”, explicou a secretaria.
Passado esse período, um auditor fiscal da Semades retorna ao local para nova vistoria. Se a ordem não for cumprida, o proprietário é autuado. As multas variam entre R$ 3.219 e R$ 12.976.
*Matéria atualizada às 17h08 para inclusão da resposta da prefeitura.
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