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Direto das Ruas

Dia e noite, descarte de lixo não para em terreno no Iracy Coelho

População enfrenta lixo, pragas e fumaça sem saber a quem recorrer no poder público

Por Ketlen Gomes | 22/07/2025 15:32


RESUMO

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Moradora do bairro Iracy Coelho, em Campo Grande, denuncia descarte irregular de lixo em terreno na Rua Paulo Leite Soares. A enfermeira Rosy Souza relata que o problema persiste há mais de um ano, com flagrantes de descartes e presença de escorpiões no local. A situação é agravada por queimadas frequentes, que já demandaram intervenção do Corpo de Bombeiros. Moradores alegam ter autorização de um suposto presidente do bairro para usar o local como ponto de descarte, informação contestada pela denunciante. A prefeitura foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso.

A enfermeira Rosy Souza, de 37 anos, moradora do bairro Iracy Coelho, convive há mais de um ano com o acúmulo de lixo e entulho em um terreno próximo à sua casa. Segundo ela, o descarte irregular é frequente e já foi flagrado diversas vezes. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

“Já abordamos três pessoas jogando lixo. Uma retirou os entulhos, mas as outras se recusaram. Uma senhora chegou a dizer que o presidente do bairro autorizou o uso do local como ponto de descarte”, relata.

Rosy afirma, no entanto, que o nome citado pela mulher como presidente do bairro já não está mais à frente da associação de moradores. O comentário causou estranheza, especialmente pela alegação de que a senhora vive há mais de 30 anos na região, sem demonstrar preocupação com a manutenção do espaço.

O terreno usado para descarte ilegal fica na Rua Paulo Leite Soares, esquina com a Rua Wilson Brasil. A moradora relata que já encontrou escorpiões no local, inclusive “subindo no pé de manga que fica no meio dos lixos”, e que há registros frequentes de queimadas na área.

“Os bombeiros já vieram apagar fogo aqui. Outro dia tive que usar a mangueira para conter as chamas, porque a fumaça invadiu minha casa e não dava para dormir”, conta.

Rosy também relata que não sabe se o bairro atualmente tem um presidente em exercício, nem a quem recorrer na prefeitura para pedir providências.

Por meio de nota, a Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável) informou que as denúncias devem ser feitas pela Central de Atendimento 156. Após o registro, uma equipe vai até o local para verificar a situação.

“Se for identificada irregularidade, o proprietário será notificado para realizar a limpeza. A notificação é enviada pelos Correios, com Aviso de Recebimento (AR), ao endereço cadastrado no imóvel. Após o recebimento, o proprietário tem prazo de 15 dias úteis para cumprir a determinação”, explicou a secretaria.

Passado esse período, um auditor fiscal da Semades retorna ao local para nova vistoria. Se a ordem não for cumprida, o proprietário é autuado. As multas variam entre R$ 3.219 e R$ 12.976.

*Matéria atualizada às 17h08 para inclusão da resposta da prefeitura.

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