Líder do narcotráfico peruano, "El Monstruo" é procurado em MS
Considerado o criminoso mais procurado do Peru, Erick Hernández escapou de dois cercos policiais no Brasil
O narcotraficante peruano Erick Moreno Hernández, conhecido como El Monstruo, pode estar escondido no Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai. Há indícios de que o criminoso está atuando sob proteção do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa da América Latina.
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O narcotraficante peruano Erick Moreno Hernández, conhecido como "El Monstruo", pode estar escondido em Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai, sob proteção do PCC. Considerado o criminoso mais procurado do Peru, ele tem 32 anos e é procurado por sequestros, homicídios e tráfico de drogas. Após entrar clandestinamente no Brasil em 2024, El Monstruo escapou de duas operações policiais em São Paulo. Sua mãe foi presa em junho no Peru, suspeita de movimentar dinheiro em contas na Bolívia, Paraguai e Brasil. O governo peruano oferece recompensa de 1 milhão de sóis por sua captura.
Conforme divulgado pelo site Metrópoles, apontado como o bandido mais procurado do Peru, El Monstruo tem 32 anos de condenações por sequestros, homicídios, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Ele é alvo de alerta vermelho da Interpol, mecanismo internacional acionado quando todos os recursos internos de um país já foram esgotados para localizar um foragido.
Erick entrou clandestinamente no Brasil em 2024, após cruzar a Bolívia. Desde então, passou a se articular com o PCC. Em fevereiro deste ano, chegou a aparecer em um vídeo ostentando bebidas, dinheiro e seguranças armados, enquanto fazia ameaças à polícia peruana: “Nunca vou abaixar a cabeça. Sei onde cada um está. Vai chegar a hora de todos.”
Duas operações e duas fugas - O mafioso escapou de dois cercos policiais desde que foi localizado em território brasileiro. O primeiro ocorreu em 16 de abril deste ano, durante operação conjunta da polícia do Peru com forças brasileiras, em Suzano (SP). A ação terminou em confronto, com a morte de dois homens ligados à facção e do policial Rafael Vilodres Correa, de 40 anos, da Tropa de Choque da PM. Erick conseguiu fugir.
Pouco mais de um mês depois, em 26 de maio, a Operação Sicários foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio da Polícia Militar de São Paulo. A ação mobilizou 160 policiais e cumpriu 25 mandados de busca e apreensão. Dois homens foram presos, mas El Monstruo novamente escapou.
Antes da suspeita de deslocamento para Mato Grosso do Sul, investigações indicavam que ele estaria escondido na região central de São Paulo, especialmente no bairro do Brás.
Prisão da mãe - Em meio ao cerco ao narcotraficante, sua mãe, Martina Esther, foi presa em junho, na cidade de Ica, no Peru. Ela é investigada por movimentar dinheiro em contas na Bolívia, Paraguai e Brasil, países que figuram como potenciais esconderijos do filho. Após a prisão de Martina, o governo peruano dobrou a recompensa oferecida por informações que levem à captura de El Monstruo: de 500 mil sóis para 1 milhão de sóis, valor equivalente a mais de R$ 1,5 milhão.
Ascensão violenta - Erick Hernández iniciou a carreira no crime com pequenos furtos e tráfico local, mas rapidamente ascendeu à liderança da facção Los Injertos del Cono Norte, que domina com violência a região de Lima Norte. Sua atuação se expandiu internacionalmente, com influência em setores vulneráveis e articulações com o crime organizado no Brasil. Agora, enquanto permanece foragido e protegido pelo PCC, o cerco em torno de El Monstruo continua se fechando, com foco redobrado nas regiões de fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia.
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