Rodovia de acesso à fronteira com a Bolívia sem previsão de liberação
Sem fiscalização, motoristas não respeitam a sinalização do trecho bloqueado

O acesso rodoviário entre Corumbá e a fronteira com a Bolívia pela rodovia MS-428 (conhecida como Ramão Gomez) continua interditada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), devido ao deslizamento de aterro ocorrido em uma das margens elevadas da pista, no sábado, 26. Não há previsão de liberação ao tráfego.
RESUMO
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Acesso rodoviário entre Corumbá (MS) e Bolívia segue interditado após deslizamento de aterro na MS-428. A interdição preventiva, realizada pela Agesul, ocorreu no sábado (26) devido às fortes chuvas que causaram o desmoronamento parcial da margem do aterro. Ainda não há previsão para liberação da via. A Agesul busca uma solução emergencial para recuperar o trecho afetado, sem convênio de manutenção. O local já registrou acidentes fatais, incluindo um em 1992, com vítimas bolivianas. Com o desvio do tráfego para o anel viário (BR-262), a fiscalização foi intensificada para coibir motoristas, principalmente bolivianos, que desrespeitam o bloqueio.
Sem convênio para manutenção da via, a agência deverá definir nesta segunda-feira uma alternativa emergencial para recuperar o trecho acidentado. Devido às últimas chuvas e a forte correnteza canalizada pela galeria de águas pluviais, que atravessa o aeroporto internacional e cai numa depressão ao lado da pista, ocorreu o desmoronamento parcial da margem do aterro.
A interdição, segundo a Agesul, foi preventiva, considerando que neste local já houve acidentes com vitimas fatais, um dos quais, o mais grave, ocorreu durante uma tromba d’água na cidade, em 1992, quando morreu uma família de bolivianos no local. A força da água jogou o veículo fora da pista, caindo numa grande vala coberta de água.
Fiscalização - Com a interdição, o tráfego a partir do centro da cidade deslocou-se para o anel viário (BR-262), na parte alta da cidade, passando pelo porto seco da Agesa (Armazéns Gerais Alfandegados), posto da Polícia Rodoviária Federal e fronteira. O trânsito ficou intenso no fim de semana, quando aumenta o fluxo de carretas e veículos pequenos.
O regional da Agesul em Corumbá, Paulo Guilherme de Araujo, informou que foi solicitado apoio à Polícia Rodoviária Federal, Policia Militar e Guarda Municipal (Agetrat) para intensificar a fiscalização no trecho interrompido. Apesar da sinalização com cones, numa extensão de 1 km, os motoristas (principalmente bolivianos) não estão respeitando o bloqueio.