Antes de Lula passar, viaturas circulam e ambulantes tentam fazer "extra" em BR
Presidente vai inaugurar exportação de carne à China em frigorífico da Capital na saída para Sidrolândia
Viaturas das forças de segurança já se preparam para a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela BR-060, em Campo Grande, na direção do frigorífico JBS, onde ele vai inaugurar a exportação de carne à China, às 10h.
Momentos antes do evento, o trecho que receberá a comitiva presidencial será totalmente interditado pelos batedores. Perto da indústria, comerciantes aproveitam para lucrar com o movimento de 300 credenciados, além dos funcionários do frigorífico que formam fila para entrar, como de costume.
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No início desta manhã, quem passou pela rodovia viu três viaturas da PF (Polícia Federal) em direção a Campo Grande; na rotatória que fica na saída da Capital para Sidrolândia, duas viaturas da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e no viaduto em frente ao frigorífico, mais três carros com policiais rodoviários. Em frente à JBS, uma viatura do Exército Brasileiro permanece a postos e no viaduto outra da PM (Polícia Militar).
Com o estacionamento lotado, vão chegando os jornalistas credenciados e outros convidados que deixam os veículos do lado de fora. Comerciantes estão na expectativa de que haja manifestações populares, mas se sentem seguros com a presença dos policiais.
O comerciante Edval José Antônio, de 68 anos, trabalha com vendas de produtos alusivos ao esporte nas ruas e hoje levou à rodovia bandeiras e toalhinhas com a imagem de Lula e as frases “Tô com Lula” e “Pro Brasil voltar a Sorrir”. O estoque é da última eleição, em 2022. São apenas cerca de seis bandeiras e dez toalhas.
“Só trouxe para zerar o estoque. Espero que os apoiadores passem aqui e aproveitem pra comprar. Não espero que o presidente passe e veja porque a agenda é muito apertada”, comentou Edval. A bandeira é vendida por R$ 80 e a toalha custa R$ 20.

Há seis anos com um contêiner de vendas de salgados e bebidas ao lado da JBS, Gilberto Rocha, de 60 anos, nem se impressiona com a movimentação, pois o local sempre tem muitos funcionários e eventos com diretores costumam provocar fluxo semelhante.
Ele conta que começou a vender somente usando um isopor, mas a direção da JBS cedeu o contêiner, água e luz. Além disso, o comerciante administra um restaurante dentro da empresa.
“Já estou acostumado com esses grandes eventos. Já é de rotina eles fazerem esses serviços de jardinagem. A movimentação está sendo maior por conta dos diretores da empresa que vão vir. Não reforcei o estoque porque já terá comes e bebes dentro do evento e a gente acaba não conseguindo vender mais”, diz Gilberto.

Exportações - A visita a Mato Grosso do Sul faz parte de um giro por estados brasileiros para aproximação do setor econômico. Em março, o presidente esteve em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará, e em abril já viajou para o Nordeste e Goiás.
A exportação para o país asiático faz parte do processo de expansão das plantas de frigoríficas brasileiras que foram habilitadas para envio da carne para a China. Foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termo processamento e cinco entrepostos.
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