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Capital

Cristiano Luna, acusado de matar segurança, vira réu por agressão em 2009

Marta Ferreira | 04/08/2011 16:40
Rafael e a mãe participaram em março de protesto pedindo punição a Cristhiano. (Foto: João Garrigó)
Rafael e a mãe participaram em março de protesto pedindo punição a Cristhiano. (Foto: João Garrigó)

Prestes a ir a júri popular pela morte de Jefferson Bruno Escobar, o Brunão, segurança de um bar de Campo Grande, o bacharel em Direito Cristhiano Luna de Almeida, de 23 anos, agora é réu também em outra ação, por lesão corporal. A Justiça acatou, em julho, a acusação contra Cristhiano por uma agressão ocorrida dois anos e meio atrás, em março de 2009, ao estudante Rafael Mecchi, de 22 anos.

O juiz responsável pelo caso, Wilson Leite Correa, da 4ª Vara Criminal, determinou a realização de exame de corpo de delito complementar e exame psicológico em Rafael. O jovem segundo a família, guarda até hoje sequelas da agressão, entre elas a necessidade de tomar remédios controlados.

No despacho, o magistrado determinou o arquivamento de acusações em relação ao crime de corrupção de menores e também para a acusação a Cristhiano de ter provocado sequelas permanentes em Rafael. No despacho, o magistrado explica que não foram obtidas provas a respeito desses crimes.

A corrupção de menores foi apontada em razão da presença de menores de 18 anos no grupo no qual Cristhiano estava quando ocorreu a agressão a Rafael, conforme a denúncia.

O episódio aconteceu no dia 28 de março de 2009, na saída da Expogrande, no Parque de Exposições Laucídio Coelho. Rafael contou que foi chamar um conhecido perto de uma confusão no Parque de Exposições e acabou agredido por seis rapazes, um deles Christiano. O grupo deu chutes e socos, quando Rafael já estava no chão, segundo ele relatou.

Rafael faz terapia e toma medicamentos controlados e agora tem medo de sair em festas e lugares cheios.

Demora e revolta - O caso foi registrado no 5º Distrito Policial e só em março de 2010 deu entrada na Justiça. No dia 26 de julho deste ano, veio o despacho do juiz acatando a denúncia.

Além de determinar a realização de exames em Rafael, o magistrado deu prazo para a defesa de Cristhiano se manifestar.

A família de Rafael se juntou, este ano, à do segurança Jefferson Brunto, em protestos para pedir punição a Cristhiano, após ele se envolver em um episódio de violência pela segunda vez em tão pouco tempo, dessa vez com conseqüências fatais.

Cristiano foi mandado a júri popular pela morte de segurança e agora é réu em outro processo por lesão corporal. (Foto: João Garrigó)
Cristiano foi mandado a júri popular pela morte de segurança e agora é réu em outro processo por lesão corporal. (Foto: João Garrigó)

O jovem, que pratica jiu-jitsu, é acusado de provoc ar a morte do segurança durante uma luta corporal, ocorrida após Cristhiano ser expulso do bar por ter se envolvido em uma confusão.

Ele foi mandado a júri popular por homicídio duplamente qualificado e por injúria, por causa das ofensas racistas a um garçom do estabelecimento.

O julgamento chegou a ser marcado, para o dia 12 de agosto, mas foi suspenso em razão de recurso movido pela defesa de Luna.

Ele ficou preso, mas está em liberdade com restrições graças a uma decisão do Tribunal de Justiça,

Réu primário-Mesmo envolvido em duas acusações de violência, Cristiano continua sendo réu primário, conforme o advogado que o representa no processo por homicídio, Ricardo Trad. Segundo o advogado, ele vai perder a condição de réu primário se for condenado em definitivo e cometer um novo crime.

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