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Capital

Guarda que atirou contra vizinha idosa é afastado por 60 dias

Ela queimava folhas no quintal quando Robson ordenou que cessasse o fogo e, depois, disparou contra a moradora

Por Dayene Paz e Kamila Alcântara | 05/08/2025 08:45
Guarda que atirou contra vizinha idosa é afastado por 60 dias
Robson Marques de Sousa, GCM afastado acusado de atirar em idosa (Foto: Redes sociais)

O guarda civil metropolitano Robson Marques de Sousa, preso em flagrante após disparar uma arma de fogo contra a residência de uma vizinha de 71 anos, no Jardim Santa Emília, foi oficialmente afastado de suas funções nesta segunda-feira (4), por determinação da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social de Campo Grande. A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e prevê afastamento preventivo por 60 dias.

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Guarda civil metropolitano é afastado após atirar contra casa de idosa. Robson Marques de Sousa disparou contra a residência de uma vizinha de 71 anos em Campo Grande, após discussão. Ele foi preso em flagrante, mas teve liberdade provisória concedida. Afastado por 60 dias, Sousa está proibido de se aproximar e contatar a vítima. Também teve porte e posse de arma suspensos e responderá a processo administrativo disciplinar. O guarda civil responderá pelos crimes de disparo de arma de fogo, ameaça e violação de domicílio.

A medida foi assinada pelo secretário Anderson Gonzaga da Silva Assis, com base no artigo 247 da Lei Complementar n. 190/2011, diante da “gravidade dos fatos” apontados no processo administrativo instaurado. Nesse período, Robson segue impedido de exercer atividades operacionais, como o uso de armamento, e deve permanecer longe da vítima, conforme determinação judicial.

Liberdade provisória e medidas restritivas - Horas antes da publicação do afastamento, Robson teve a liberdade provisória concedida durante audiência de custódia, mesmo após o Ministério Público ter pedido a conversão da prisão em preventiva. A Promotoria destacou que o guarda, como agente público, deveria proteger a população, e não colocar vidas em risco.

Apesar da gravidade dos crimes investigados: disparo de arma de fogo, ameaça e violação de domicílio, o juiz Valter Tadeu Carvalho entendeu que não estavam presentes os requisitos legais para mantê-lo preso. A decisão considerou fatores como primariedade, endereço fixo e vínculo de trabalho.

Como condição para responder ao processo em liberdade, o juiz impôs medidas cautelares: Robson está proibido de se aproximar da vítima ou manter qualquer tipo de contato; não poderá deixar a comarca por mais de oito dias sem autorização judicial; teve o porte e a posse de arma de fogo suspensos e deverá exercer apenas funções internas na corporação, sem acesso a armamento. A Polícia Federal e o Exército foram oficiados sobre a restrição.

“Sou acostumado a atirar na cabeça” - O caso aconteceu no último fim de semana, após discussão entre vizinhos. De acordo com o boletim de ocorrência, a idosa queimava folhas secas no quintal quando Robson, visivelmente alterado, subiu no muro que divide os imóveis e mandou que ela apagasse o fogo. Em seguida, efetuou um disparo contra ela.

A mulher correu para dentro de casa e se abrigou com a filha, de 33 anos. Testemunhas afirmaram que, após o disparo, o guarda civil foi até o portão da residência, armado e segurando uma lata de cerveja. Ao ser questionado sobre o disparo, teria respondido: “Sou acostumado a atirar na cabeça”. No local, a polícia encontrou uma cápsula de munição deflagrada.

A Prefeitura de Campo Grande confirmou que Robson será investigado em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

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