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Capital

Idosa com fêmur quebrado é 3º caso de espera por ambulância no fim de semana

Família não tem condições de pagar transporte particular que chega a custar R$ 390,00

Caroline Maldonado | 11/09/2022 14:00
Clori da Silva Teixeira na UPA Leblon (Foto: Direto das Ruas)
Clori da Silva Teixeira na UPA Leblon (Foto: Direto das Ruas)

Uma idosa de 74 anos chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon, às 16h de sábado (10), com fratura no fêmur e dedos das mãos. A família afirma que a paciente já conseguiu vaga na Santa Casa de Campo Grande, mas não há ambulância para fazer o transporte. Esse é o 3º caso de espera por falta de ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), nos últimos três dias.

Clori da Silva Teixeira foi levada à UPA depois de levar um tombo. A filha, a vendedora Ecilda Teixeira, de 55 anos, acompanha a mãe na unidade de saúde. Ela está desesperada pois sabe que a idosa precisa passar com urgência por cirurgia.

Segundo Ecilda, a vaga no hospital foi liberada por volta de meia noite. A família não tem condições financeiras de arcar com transporte particular de ambulância, que custa em torno de R$ 390,00.

 “Minha mãe está mal, o caso dela é hiper delicado. Ela quebrou o fêmur e os dedos da mão, machucou perto dos olhos e todo o braço.  Não sei mais o que fazer, porque dizem que já tem vaga, mas não tem ambulância e ela precisa operar com urgência”, relatou.

O Campo Grande News enviou à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informações da paciente e aguarda resposta sobre o caso.

Macas retidas - Esse é o terceiro caso de falta de ambulância noticiado pelo jornal nos últimos três dias. Na sexta-feira (9), um motociclista teve que esperar por uma hora até a chegada de ambulância  no local do acidente, na esquina das ruas São Paulo e Bahia, no Jardim dos Estados.

A Sesau informou que, naquele dia, entre 6h e 8h, o município registrou várias ocorrências de emergências clínicas, acidentes de trânsito e ocorrências em geral, que fizeram os serviços de regulação do Samu estarem sobrecarregados, bem como o Corpo de Bombeiros Militar. Ao menos, oito macas estavam retidas em hospitais, por estarem com pacientes, o que inviabiliza o atendimento.

No mesmo dia, uma família teve que pagar ambulância privada para transferir idoso, de 85 anos, para hospital. Ovídio Francisco da Silva estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, e só foi transportado ao pagar R$ 350, enquanto ambulâncias do Samu estavam paradas por falta de maca.

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