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Capital

Jovem morre depois de ser baleado pela PM quando invadiu casa durante fuga

Geovani Alves Farias tem passagens por tentativa de feminicídio, tráfico de drogas e lesão corporal

Por Ana Paula Chuva e Geniffer Valeriano | 12/06/2024 15:35
Policial militar dentro da casa onde suspeito foi baleado após invasão (Foto: Alex Machado)
Policial militar dentro da casa onde suspeito foi baleado após invasão (Foto: Alex Machado)

Geovani Alves Farias, 23 anos, morreu logo após dar entrada no CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia. Ele foi baleado por equipe da PM (Polícia Militar) logo após fugir de abordagem e invadir uma casa na Rua do Branco, Bairro Jardim Arco Íris, em Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (12).

O pai do rapaz não quis falar com a imprensa e acionou advogada que acompanha a perícia. Em conversa com outros moradores da região, ele afirmou que o filho " foi morto injustamente". Equipes da 3ª Delegacia de Polícia Civil e do BPChoque (Batalhão de Choque) estão no endereço.

No local, um colega da vítima contou que ele estava em uma motocicleta em outra rua quando começou a ser perseguido pela PM. Ele abandonou o veículo e correu até o local, onde invadiu a casa. Os militares esperaram a dona da residência sair e então entraram.

O rapaz, que não quis se identificar, disse que ouviu dois tiros e momentos depois Geovani foi retirado do local e levado para atendimento médico. Ela afirma que o colega foi atingido por disparos na região do tórax.

Segundo delegado Reges de Almeida, equipe da PM fazia diligências na região e viram Geovani na garupa de uma motocicleta. Ele saltou do veículo e então começou a fugir a pé pulando pelos muros das casas na Rua do Vermelho até chegar na Rua do Branco onde invadiu a residência.

Armas apreendidas pela Perícia no local onde caso aconteceu (Foto: Alex Machado)
Armas apreendidas pela Perícia no local onde caso aconteceu (Foto: Alex Machado)

As moradoras do local, saíram quando viram o rapaz e então os policiais entraram. Geovani já estava nos fundos da residência e ai ver a equipe sacou um revólver, momento em que os militares atiraram. Ele foi atingido por três disparos na região do tórax.

Ainda conforme o delegado, na fuga o rapaz chegou a atirar contra os policiais. A equipe esteve também na casa onde Geovani morava e encontraram balança de precisão e porções de droga.

"A arma dele é uma pistola 380 que foi apreendida, assim como a usada pelo policial militar. Na casa ele não fez nenhum disparo, mas há munições que passarão por perícia. O rapaz que estava com ele na moto será intimado para prestar esclarecimentos, mas ele não tem nenhuma passagem pela polícia", pontuou o delegado.

Geovani foi levado para atendimento médico na unidade de saúde, mas acabou não resistindo e morreu. De acordo com a PM, ele tem passagens por tentativa de feminicídio, lesão corporal e tráfico de drogas. No local.

À imprensa, a advogada da família de Geovani afirmou que não pode acompanhar a perícia e que quando chegou já tinham levado o rapaz. "Tentei acompanhar o procedimento para dar legalidade nos atos dos policiais que estão alegando legítima defesa. Mas fui privada da entrada no primeiro momento. Não consegui acompanhar a perícia. Não vi eles retirando a arma do local do crime", afirmou Sandra Mariano.

Além disso, ela declarou que o acompanhamento do advogado no processo é importante para garantir a integridade aos fatos. "Quando se alega injusta agressão, é importante que o advogado acompanhe para dar lisura e clareza ao ato da polícia num local onde só eles estavam", finalizou a advogada.

Movimentação policial em frente à casa onde suspeito foi baleado (Foto: Alex Machado)
Movimentação policial em frente à casa onde suspeito foi baleado (Foto: Alex Machado)

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