Juiz fala em “tamanha violência” e mantém preso motorista que matou criança
Magistrado destacou “indícios suficientes” de que condutor dirigia em alta velocidade e furou sinal vermelho
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Motorista embriagado que causou morte de criança de 7 anos em Campo Grande permanecerá preso, conforme decisão judicial. Marcos Vinícius Francelino, de 39 anos, dirigia em alta velocidade e avançou sinal vermelho, provocando colisão que vitimou o menino Miguel e deixou sua avó gravemente ferida. O acidente ocorreu no Bairro Tijuca, quando o Renault Logan conduzido por Marcos atingiu o Fiat Uno da família, que retornava de um congresso religioso. O juiz Aluízio Pereira dos Santos reclassificou o caso para homicídio doloso, considerando que o condutor, sob efeito de álcool, assumiu o risco de provocar o acidente.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos decidiu manter preso Marcos Vinícius Francelino, de 39 anos, motorista do Renault Logan que provocou o acidente que matou o menino Miguel, de apenas 7 anos, na noite de sábado (23). O acidente aconteceu na região do Bairro Tijuca, em Campo Grande.
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Na decisão, o magistrado destacou “indícios suficientes” de que o condutor dirigia em alta velocidade, avançou o sinal vermelho e provocou colisão de “tamanha violência” que causou a morte imediata da criança, além de deixar a avó do menino com lesões gravíssimas e ferimentos em outros familiares.
O juiz ressaltou ainda que Marcos estava sob efeito de álcool no momento do acidente. Para ele, a combinação da embriaguez com excesso de velocidade e desrespeito à sinalização revela, em princípio, a possibilidade de dolo eventual, quando o motorista assume o risco de produzir o resultado. Por isso, determinou a readequação provisória do crime para homicídio doloso contra a vida, garantindo a tramitação do caso pelo Tribunal do Júri.
O acidente ocorreu no Jardim Tijuca e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o Logan invadindo o cruzamento da Avenida Conde de Boa Vista com a Rua Rio da Prata e atingindo o Fiat Uno da família de Miguel, que seguia para uma lanchonete após sair de um congresso religioso. O impacto arremessou o carro contra o muro de uma residência.
Miguel morreu no local. A avó dele, de 61 anos, foi socorrida em estado crítico para a Santa Casa, enquanto a mãe e o padrasto tiveram escoriações e suspeita de traumatismo craniano.
Testemunhas impediram a fuga do motorista e acionaram a polícia. O teste do bafômetro apontou teor alcoólico acima do permitido. Ele foi preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada).
Segundo o delegado Luca Venditto Basso, Marcos havia sido autuado por homicídio culposo na direção de veículo automotor qualificado pela embriaguez e por três acusações de lesão corporal culposa. Com a decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, o caso passa a ser tratado como crime doloso contra a vida. Miguel foi sepultado nesta segunda-feira (25).
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