Moradores reclamam de lixo, mato alto e barracos à margem do Rio Anhanduí
A Sisep informou que, em menos de um ano, a equipe já realizou 10 ações de retirada de lixo
Como se não bastasse o furto das barras de ferro do guarda-corpo do Rio Anhanduí, moradores da Avenida Presidente Ernesto Geisel, em Campo Grande, ainda convivem com o acúmulo de lixo, mato alto nas calçadas e a presença constante de barracos improvisados às margens do curso d’água.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Moradores da Avenida Presidente Ernesto Geisel, em Campo Grande, enfrentam problemas com acúmulo de lixo, mato alto nas calçadas e barracos improvisados às margens do Rio Anhanduí. A comerciante Lucidalva Dias Pereira, moradora há 22 anos no local, relata que a situação do lixo se agravou na última semana. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos afirma realizar limpezas frequentes, tendo executado 10 ações de retirada de lixo no último ano. A Secretaria de Assistência Social informa que realiza abordagens diárias às pessoas em situação de rua, respeitando o direito constitucional de aceitarem ou não o acolhimento.
A comerciante Lucidalva Dias Pereira, de 62 anos, mora há 22 anos em frente ao rio, no Bairro Marcos Roberto. Segundo ela, o problema do lixo se intensificou nos últimos dias. “Há uma semana começaram a jogar lixo na frente da minha casa. Antes, era mais afastado, onde agora tem uma obra. Os moradores de rua reviram para procurar recicláveis e depois colocam fogo”, relata.
Lucidalva afirma que nunca viu ninguém jogando o lixo, porque não há câmeras no local, mas se sente prejudicada. “Você acorda todo dia e em cada canto tem uma sujeira”, lamenta. Outro ponto de reclamação é o abandono das calçadas. “A prefeitura só limpa rente ao meio-fio. Quem anda pela calçada tem que pular o capim ou ir pela rua. Não tem mais calçada. Então, pra que eu pago imposto se não tenho uma limpeza adequada?”, questiona.

Além do lixo e da falta de manutenção das calçadas, a comerciante reclama da presença de barracos montados por pessoas em situação de rua às margens do rio. “Há muito tempo essas situações acontecem aqui. Não tem condições. É uma vergonha para a nossa cidade”, desabafa.
Moradores ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, afirmam que a situação piora porque algumas pessoas ajudam os dependentes químicos dando dinheiro ou comprando o que eles vendem. Dessa forma, o ciclo se mantém, e a rua fica cada vez mais tomada por pessoas que vivem nessa condição e não aceitam ajuda para se tratar.
Procurada, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que a limpeza da região é feita com frequência e que, em menos de um ano, a equipe já realizou 10 ações de retirada de lixo e entulho no trecho.
A pasta destaca que o problema é recorrente e pede que a população denuncie quem estiver descartando resíduos em local proibido, pelo telefone 153, para que a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana possa ser acionada.
Quanto às pessoas que vivem em situação de rua, a SAS (Secretaria de Assistência Social) informou que a Rede de Assistência Social do município desenvolve continuamente um trabalho de abordagem para pessoas em situação de rua, ofertando os serviços e acolhimentos.
"As abordagens ocorrem diariamente nas sete regiões da Capital, sendo intensificadas na região central, viadutos, pontes, entroncamentos, praças e na região da Avenida Ernesto Geisel (Vila Nhá Nhá e Marcos Roberto), e onde há concentração maior dessa população. Destacamos que o indivíduo tem por opção aceitar ou não o acolhimento. As recusas de atendimento por parte da população em situação de rua são um direito garantido pela Constituição Federal".
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.