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Capital

Seis bebês já morreram por doença respiratória grave na Capital

Maioria foi causada pelo VSR, um dos principais vírus associado à bronquiolite

Por Cassia Modena | 28/04/2025 09:55
Seis bebês já morreram por doença respiratória grave na Capital
Bebê é vacinada contra gripe em posto de saúde da Capital; vacina está disponível para os que têm idade a partir de 6 meses (Foto: Henrique Kawaminami)

Campo Grande enfrenta situação de emergência decretada desde sábado (26), devido ao aumento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre a população, mas especialmente entre bebês e crianças pequenas, como reforçou hoje (28) em entrevista secretária municipal de Saúde, Rosana Leite.

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Campo Grande enfrenta uma emergência de saúde devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre bebês e crianças. Desde o início do ano, seis bebês com menos de um ano morreram em decorrência da doença, a maioria agravada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e pelo rinovírus. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, alertou para a falta de leitos pediátricos e de UTI neonatal na capital, agravando a situação. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o número total de mortes por SRAG é menor, mas a escassez de recursos hospitalares preocupa as autoridades.

Segundo dados da pasta referentes a este ano, atualizados no mesmo dia que o decreto foi publicado, seis bebês morreram antes de completar um ano.

A maioria dos quadros foi agravada pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), um dos agentes mais associados à bronquiolite.

Seis bebês já morreram por doença respiratória grave na Capital
Arte: Lennon Almeida

O rinovírus, que é o mais comum entre os resfriados leves, levou dois bebês à morte. Já o responsável pelo sexto óbito não é descrito no painel da Sesau.

A maioria das mortes do ano foi confirmada em abril. Os dados deverão ser atualizados às 10h de hoje, segundo falou a secretária.

Ano passado - No mesmo período do ano passado, apenas um bebê havia morrido por SRAG. O vírus, bactéria ou outro agente que causou a infecção não foi especificado.

O total geral de mortes por síndromes respiratórias graves até esta época está menor em comparação a 2024, no entanto. São 72 atuais enquanto foram 83 no ano passado. A diferença é pequena.

As vítimas mais frequentes são idosos a partir dos 60 anos nos dois períodos comparados.

Não há leitos - Rosana Leite reforçou o que já havia afirmado no sábado: a Capital não tem leitos disponíveis, e o deficit é pior entre os pediátricos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e CTI (Centro de Terapia Intensiva) neonatal.

A Sesau disse que consulta hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde o início deste mês sobre a possibilidade de aumentar a quantidade de leitos disponíveis.

"Nós conseguimos o retorno apenas de ampliação de um quantitativo de leitos de enfermaria para adultos, que estamos finalizando essas tratativas para contratar. Porém, leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva), pediatra, de CTI e UTI neonatal, nós não temos em Campo Grande. Inclusive, o Estado até soltou um credenciamento e não teve adesão", disse hoje Rosana.

Até a noite de ontem (27), 40 crianças aguardavam a liberação de leito em hospitais. A reportagem perguntou à Sesau qual o número atualizado também em relação aos bebês, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

Possível aumento e vacinação - Ainda conforme Rosana, Campo Grande está em alerta para crescimento dos casos de SRAG nas próximas semanas segundo avaliação da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Ela orienta a população a adotar a "toalete respiratória" e voltar a usar máscara. Entre as famílias com bebês, a chefe da pasta pediu que evitem sair de casa para ir a locais com grande aglomeração.

Medida de prevenção importante é a vacinação. A que previne a gripe já está disponível em todos os postos de saúde para atender a todos os públicos em Campo Grande, com exceção aos bebês com menos de seis meses de vida. Vacinas contra o VSR ou específica contra o rinovírus não são oferecidas no SUS.

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