Operação contra revenda de remédios controlados tem mais 2 presos
Theo Vale Sales Lima, 53 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas durante a Operação Galeno
Duas pessoas também foram presas na Operação Galeno, que apura a revenda de medicamentos controlados e sem prescrição médica. O administrador de salários Theo Vale Sales Lima, 53 anos, foi preso por tráfico de drogas durante cumprimento de mandado de busca na casa onde mora no Bairro Rita Vieira, em Campo Grande, na quinta-feira (21). Equipe da Decat (Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) esteve no local em apoio à Decon (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo).
RESUMO
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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu Theo Vale Sales Lima, de 53 anos, por tráfico de drogas durante a Operação Galeno, em Campo Grande. O administrador de salários comercializava medicamentos controlados e anabolizantes, adquiridos sem receita médica, através do grupo de WhatsApp "Farmácia Livre CG". Na mesma operação, Rosangela da Silva, de 35 anos, foi detida por associação criminosa e venda de produtos impróprios para consumo. Em sua residência, foram encontrados medicamentos clandestinos, cosméticos, fraldas e suplementos vencidos, além de receitas médicas sem data.
Na residência de Theo, os policiais encontraram diversos frascos de remédios controlados e anabolizantes. Entre as medicações havia duas caixas de Deposteron, uma ampola de Durateston, uma caixa de Cefalexina, outra de Pregalabin, frascos de Clonazepam, caixa aberta de Stanazolol, agulhas e seringas.
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Aos policiais, o homem confessou que havia adquirido os medicamentos em uma farmácia de Campo Grande sem receita e depois os revendia de forma irregular no grupo de WhatsApp “Farmácia Livre CG”. Ele estaria trabalhando para uma distribuidora de remédios localizada no Jardim América.
Theo foi abordado pelos policiais enquanto saía da casa acompanhado da esposa. Após o cumprimento da busca, ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Ele foi levado para a sede da Decat e deve passar por audiência de custódia.
Outra prisão – Ainda na ação, equipe da Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude) prendeu Rosangela da Silva, 35 anos, no Bairro Portal da Lagoa. A mulher também foi alvo de busca e acabou autuada em flagrante por associação criminosa e por expor mercadoria imprópria para consumo.
Com ela os policiais encontraram diversos medicamentos de origem clandestina, cosméticos, fraldas, suplementos e receitas médicas preenchidas sem a data. Alguns produtos estavam inclusive vencidos.
O marido da mulher contou que ela vendia os produtos que eram pedidos no grupo de WhatsApp, mas não sabia como ela adquiria a mercadoria. Já Rosângela afirmou que foi colocada no “Farmácia Livre CG”, que seria para doações de medicamentos, porém não tinha noção da gravidade do que estava fazendo. Ela admitiu também vender alguns remédios de forma esporádica, inclusive alguns controlados.
Operação Galeno - As equipes da Decon fizeram buscas em 11 estabelecimentos comerciais em diferentes bairros da Capital. Além das farmácias, também foram alvos distribuidoras, casas e até a AACC (Associação dos Amigos da Criança com Câncer). A ação é resultado de uma investigação que durou aproximadamente um ano.
No grupo de WhatsApp, os envolvidos também negociavam emagrecedores e anabolizantes de forma ilegal. A Polícia agora investiga a possível participação de médicos no esquema.
Conforme a Polícia Civil, na farmácia de Hermenegildo também foram encontrados alimentos vencidos. Uma ordem judicial determinou a interdição do estabelecimento, lacrado pelo Procon. O CRF (Conselho Regional de Farmácia) acompanhou as diligências.
Em nota, a AACC afirmou que a ação não tem relação com a instituição. "Confirmamos que um colaborador da instituição foi alvo da operação. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em sua residência e, de forma acessória, também na sede da AACC/MS. Esclarecemos que a investigação em questão não guarda qualquer relação com a instituição ou suas atividades, tratando-se de assunto de caráter estritamente pessoal do referido colaborador", diz o documento.
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