Sindicato é notificado pelo TRT e decisão sairá de reunião via WhatsApp
Motoristas do transporte coletivo iniciaram paralisação e justiça determinou retorno de 70% da categoria
O STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) foi oficiado no início da tarde da decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que determinou o retorno ao trabalho de 70% dos motoristas do transporte de Campo Grande, sob pena de multa de R$ 20 mil por dia.
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O STTCU-CG foi notificado pelo TRT sobre a decisão que determina o retorno de 70% dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande, sob multa diária de R$ 20 mil. A paralisação, iniciada na segunda-feira (15), reivindica o pagamento integral dos salários atrasados desde 5 de dezembro. O sindicato planeja discutir o retorno via WhatsApp, devido à falta de tempo para uma reunião presencial. Enquanto isso, o Consórcio Guairucus alega que pagou 50% dos valores, atribuindo o restante à inadimplência da prefeitura. Já o município afirma que todos os repasses foram feitos em dia, inclusive antecipando R$ 3 milhões para garantir os salários. A disputa financeira entre as partes continua, enquanto o TRT reforça a essencialidade do serviço.
O presidente do sindicato, Demétrio Freitas, disse que recebeu a notificação pouco depois das 13h e que somente no fim da tarde a categoria “vai avaliar como vai ser”. Segundo ele, não há tempo hábil para convocar os cerca de 400 trabalhadores para discussão presencial e, por isso, a reunião será via WhatsApp.
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A paralisação começou nesta segunda-feira (15), anunciada na última sexta-feira. O sindicato cobra o pagamento integral dos salários que deveriam ter sido depositados no dia 5 de dezembro, além de outros direitos em atraso.
A determinação judicial do TRT foi expedida ontem à noite, às 22h, apontando a essencialidade do serviço e que a paralisação não pudesse ter adesão superior a 30%. O desembargador Cesar Palumbo Fernandes estipulou multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento. Segundo assessoria, a partir da notificação, essa penalidade já começa a ser calculada.
No sindicato, não há qualquer movimentação nem de carro ou funcionários da categoria. Nas garagens, de manhã, a circulação também era nula. A ordem, de acordo com o sindicato, era que os motoristas e mecânicos do Consórcio Guaicurus ficassem em casa durante a paralisação.
Enquanto isso, a empresa e a prefeitura fazem guerra de versões. O Consórcio Guaicurus alega que fez o pagamento de 50% dos valores e que o recurso restante decorre da “inadimplência reiterada do Município de Campo Grande no repasse do subsídio financeiro contratualmente instituído no quarto termo aditivo previsto”.
A prefeitura, em contrapartida, afirma que todos os repasses foram feitos em dia e até antecipados, inclusive R$ 3 milhões do subsídio de dezembro, justamente para viabilizar o pagamento dos salários. Sustenta, ainda, que o consórcio falhou no planejamento financeiro, mesmo sabendo das obrigações como pagamento de salários e 13º.
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