Fazendeiro que matou esposa após pedido de separação é condenado a 12 anos
Laurenci Farias assassinou Domingas de Jesus dentro da casa onde viviam e fugiu após confessar o crime
Laurenci Antônio Farias, de 60 anos, foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado pelo feminicídio de Domingas de Jesus Amorim Farias, de 56 anos. O crime ocorreu em novembro de 2023, na zona rural de Alcinópolis, a 310 quilômetros de Campo Grande. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri de Coxim.
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Laurenci Antônio Farias, 60 anos, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua esposa, Domingas de Jesus Amorim Farias, 56 anos. O crime ocorreu em novembro de 2023, em uma fazenda na área rural de Alcinópolis, Mato Grosso do Sul. A vítima foi morta com um tiro na cabeça após pedir separação ao descobrir uma traição de três anos. Após o crime, Laurenci fugiu para a casa da amante em Costa Rica, confessou o crime ao filho por telefone e se entregou à polícia quatro dias depois. O juiz Bruno Palhano Gonçalves destacou a frieza e desproporcionalidade do ato.
Domingas foi assassinada a tiros na fazenda onde morava com o marido. Ela foi atingida na cabeça e caiu próxima à porta de um dos cômodos da casa. Após o crime, Laurenci ligou para o filho, confessou o assassinato e fugiu. No local, a polícia encontrou um arsenal de armas mantido pelo réu.
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O filho da vítima foi quem acionou a Polícia Militar, relatando o que havia acontecido. Ao chegar à fazenda, ele encontrou a mãe morta e uma espingarda calibre 22 sobre a mesa. Conforme apurado na investigação, Domingas havia pedido a separação após descobrir que o marido mantinha um relacionamento extraconjugal há três anos.
Depois de fugir, o autor foi para a casa da amante, em Costa Rica. À época, em entrevista ao Campo Grande News, a delegada Andressa Vieira, responsável pelo caso, afirmou que o casal vivia um período de conflito. “Isso pode ter motivado uma discussão. Eles estavam sozinhos em casa”, disse. Laurenci foi preso quatro dias depois, quando se apresentou à polícia.
Em dezembro de 2023, a Polícia Civil realizou uma reprodução simulada para esclarecer a dinâmica do crime. Inicialmente, o réu estava em prisão domiciliar, medida que foi revogada em agosto deste ano, quando a Justiça decretou a prisão preventiva.
Na sentença, o juiz Bruno Palhano Gonçalves destacou a culpabilidade do réu, que, segundo ele, agiu de forma fria, consciente e desproporcional, sem dar qualquer chance de defesa à vítima. Com a decisão, Laurenci permanece preso até o trânsito em julgado do processo.
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