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Interior

Justiça revoga prisão de acusado de matar cacique interino

Júnior Vera será liberado, mas terá restrições após morte de Idalino Rossati Medina em bar

Por Gustavo Bonotto | 23/09/2025 23:32

O juiz Ricardo da Mata Reis revogou, nesta terça-feira (23), a prisão preventiva de Júnior Vera, acusado de matar Idalino Rossati Medina, 40 anos, em Dourados. O crime ocorreu no dia 6 de setembro em um bar no prolongamento da Avenida Presidente Vargas, próximo à Reserva Indígena, a 251 km da Capital.

RESUMO

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Júnior Vera, acusado de matar o cacique interino Idalino Rossati Medina em Dourados (MS), teve sua prisão preventiva revogada. O crime ocorreu em 6 de setembro, após uma briga em um bar. A Justiça impôs restrições a Vera, como proibição de contato com a família da vítima e de frequentar bares. Duas outras ações penais contra ele, por crimes contra a vida, tramitam na Justiça.A revogação da prisão se deu por novos elementos que indicam que Vera não desferiu os golpes fatais. Horas após o ataque, o irmão da vítima, Everton Medina Rossate, atirou em Vera e está foragido. Os irmãos de Vera, presentes no local, prestaram depoimento e foram liberados. A defesa alega legítima defesa, afirmando que Idalino teria matado um irmão de Vera anos atrás.

Idalino, que era cacique interino, foi atacado com facadas por familiares de Rosa Maria Samaniego Barbosa, em uma briga motivada por desavenças antigas entre as famílias.

A decisão judicial impôs restrições a Júnior, incluindo a proibição de contato com os familiares da vítima, a permanência obrigatória na comarca e a proibição de frequentar bares. O magistrado também destacou que outras duas ações penais tramitam contra o acusado em contextos semelhantes, envolvendo crimes contra a vida.

Idalino foi socorrido e levado ao Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia seguinte. Segundo o juiz, os elementos supervenientes indicam que Júnior Vera não praticou a conduta principal do crime. Por isso, a Justiça considerou desnecessária a manutenção da prisão preventiva.

Horas após o ataque a Idalino, Everton Medina Rossati, irmão da vítima, atirou contra Júnior Vera. O rapaz foi socorrido com ferimento no peito e permanece internado sob escolta policial. Everton segue foragido e todos os envolvidos moram na Reserva Indígena de Dourados.

Márcio Barbosa Samaniego e Rosa Maria Samaniego Barbosa, irmãos de Júnior Vera, se apresentaram à Polícia Civil e prestaram depoimento ao delegado Lucas Albe Veppo. Os dois foram liberados após o interrogatório, pois não havia mandado de prisão contra eles.

O advogado Rodrigo Elder Lopes Bueno afirmou que a defesa alegará legítima defesa. Segundo ele, Idalino teria matado um irmão deles anos atrás, o que teria motivado a reação durante a briga no bar. A versão contraria o boletim de ocorrência, que indica que Júnior teria desferido os golpes de faca que causaram a morte de Idalino.

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