Justiça revoga prisão de acusado de matar cacique interino
Júnior Vera será liberado, mas terá restrições após morte de Idalino Rossati Medina em bar
O juiz Ricardo da Mata Reis revogou, nesta terça-feira (23), a prisão preventiva de Júnior Vera, acusado de matar Idalino Rossati Medina, 40 anos, em Dourados. O crime ocorreu no dia 6 de setembro em um bar no prolongamento da Avenida Presidente Vargas, próximo à Reserva Indígena, a 251 km da Capital.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Idalino, que era cacique interino, foi atacado com facadas por familiares de Rosa Maria Samaniego Barbosa, em uma briga motivada por desavenças antigas entre as famílias.
- Leia Também
- Irmãos envolvidos em briga que terminou em assassinato se entregam à polícia
- Briga em bar termina com morto a facadas e suspeito baleado
A decisão judicial impôs restrições a Júnior, incluindo a proibição de contato com os familiares da vítima, a permanência obrigatória na comarca e a proibição de frequentar bares. O magistrado também destacou que outras duas ações penais tramitam contra o acusado em contextos semelhantes, envolvendo crimes contra a vida.
Idalino foi socorrido e levado ao Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia seguinte. Segundo o juiz, os elementos supervenientes indicam que Júnior Vera não praticou a conduta principal do crime. Por isso, a Justiça considerou desnecessária a manutenção da prisão preventiva.
Horas após o ataque a Idalino, Everton Medina Rossati, irmão da vítima, atirou contra Júnior Vera. O rapaz foi socorrido com ferimento no peito e permanece internado sob escolta policial. Everton segue foragido e todos os envolvidos moram na Reserva Indígena de Dourados.
Márcio Barbosa Samaniego e Rosa Maria Samaniego Barbosa, irmãos de Júnior Vera, se apresentaram à Polícia Civil e prestaram depoimento ao delegado Lucas Albe Veppo. Os dois foram liberados após o interrogatório, pois não havia mandado de prisão contra eles.
O advogado Rodrigo Elder Lopes Bueno afirmou que a defesa alegará legítima defesa. Segundo ele, Idalino teria matado um irmão deles anos atrás, o que teria motivado a reação durante a briga no bar. A versão contraria o boletim de ocorrência, que indica que Júnior teria desferido os golpes de faca que causaram a morte de Idalino.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.