Milho tiguera ameaça lavouras de soja e exige manejo rigoroso
Especialista alerta para riscos do hospedeiro de pragas na leguminosa
Produtores de Mato Grosso do Sul enfrentam risco de perdas na soja devido ao milho tiguera, uma planta de milho que cresce involuntariamente após a colheita da segunda safra, que se encaminha para o fim nesta semana.
RESUMO
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Milho tiguera, planta de milho que cresce espontaneamente após a colheita da segunda safra, ameaça as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul. A competição por recursos e a formação de “ponte verde”, que abriga insetos-praga, prejudicam o desenvolvimento da soja e aumentam os custos de produção. Para evitar perdas, a pesquisadora Tatiane Lobak recomenda manejo rigoroso, incluindo descarte correto de resíduos, controle mecânico, herbicidas seletivos e rotação de culturas. A eliminação do milho tiguera antes do plantio da soja é crucial para garantir a produtividade e a saúde financeira dos produtores.
O surgimento dessas plantas ocorre a partir de sementes remanescentes no solo ou de grãos perdidos durante a colheita, que germinam e se desenvolvem em áreas comerciais de soja. Elas competem por espaço, luminosidade, água e nutrientes, prejudicando o crescimento das novas lavouras.
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O milho tiguera também forma a chamada “ponte verde”, que serve de abrigo para insetos-praga como cigarrinhas, lagartas e percevejos. Esses insetos podem migrar para outras culturas ou permanecer na área até o próximo ciclo agrícola, aumentando a necessidade de controle químico e elevando os custos de produção. Além disso, a presença da planta facilita o surgimento de doenças que podem afetar a soja.
A pesquisadora Tatiane Lobak, da Fundação Chapadão, alerta que o manejo deve ser feito de forma assertiva para evitar perdas de produtividade. "Entre as principais ações estão o descarte correto dos resíduos de colheita, o controle mecânico das plantas, a aplicação estratégica de herbicidas seletivos e a rotação de culturas."
Ela destaca que, com as chuvas, o milho tiguera pode emergir em diferentes fluxos, reforçando a importância de começar a lavoura de soja “no limpo”, sem plantas daninhas.
O controle do milho tiguera é considerado essencial para manter a produtividade da soja e reduzir riscos financeiros ao produtor.
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