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Lado Rural

Milho tiguera ameaça lavouras de soja e exige manejo rigoroso

Especialista alerta para riscos do hospedeiro de pragas na leguminosa

Por Gustavo Bonotto | 23/09/2025 22:18
Milho tiguera ameaça lavouras de soja e exige manejo rigoroso
Milho tiguera, considerada praga daninha no cultivo da soja. (Foto: Reprodução/Aprosoja)

Produtores de Mato Grosso do Sul enfrentam risco de perdas na soja devido ao milho tiguera, uma planta de milho que cresce involuntariamente após a colheita da segunda safra, que se encaminha para o fim nesta semana.

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Milho tiguera, planta de milho que cresce espontaneamente após a colheita da segunda safra, ameaça as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul. A competição por recursos e a formação de “ponte verde”, que abriga insetos-praga, prejudicam o desenvolvimento da soja e aumentam os custos de produção. Para evitar perdas, a pesquisadora Tatiane Lobak recomenda manejo rigoroso, incluindo descarte correto de resíduos, controle mecânico, herbicidas seletivos e rotação de culturas. A eliminação do milho tiguera antes do plantio da soja é crucial para garantir a produtividade e a saúde financeira dos produtores.

O surgimento dessas plantas ocorre a partir de sementes remanescentes no solo ou de grãos perdidos durante a colheita, que germinam e se desenvolvem em áreas comerciais de soja. Elas competem por espaço, luminosidade, água e nutrientes, prejudicando o crescimento das novas lavouras.

O milho tiguera também forma a chamada “ponte verde”, que serve de abrigo para insetos-praga como cigarrinhas, lagartas e percevejos. Esses insetos podem migrar para outras culturas ou permanecer na área até o próximo ciclo agrícola, aumentando a necessidade de controle químico e elevando os custos de produção. Além disso, a presença da planta facilita o surgimento de doenças que podem afetar a soja.

A pesquisadora Tatiane Lobak, da Fundação Chapadão, alerta que o manejo deve ser feito de forma assertiva para evitar perdas de produtividade. "Entre as principais ações estão o descarte correto dos resíduos de colheita, o controle mecânico das plantas, a aplicação estratégica de herbicidas seletivos e a rotação de culturas."

Ela destaca que, com as chuvas, o milho tiguera pode emergir em diferentes fluxos, reforçando a importância de começar a lavoura de soja “no limpo”, sem plantas daninhas.

O controle do milho tiguera é considerado essencial para manter a produtividade da soja e reduzir riscos financeiros ao produtor.

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