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Interior

Policial executado era suspeito de colaborar com contrabando de cigarros

Fernanda Yafusso e Helio de Freitas, de Dourados | 11/05/2017 21:10
Giuvan foi executado na tarde desta quinta-feira e foi apontado como suspeito de colaborar com o contrabando de cigarros (Foto: Reprodução)
Giuvan foi executado na tarde desta quinta-feira e foi apontado como suspeito de colaborar com o contrabando de cigarros (Foto: Reprodução)

A execução do Policial Civil aposentado Giuvan de Oliveira Barbosa de 52 anos, ocorrida no início da tarde de hoje (11), pode ter sido um acerto de contas pelo prejuízo que os contrabandistas de cigarro tiveram recentemente na região.

O aposentado foi executado com disparos de uma pistola 9 milímetros. Dois homens, não identificados, dispararam mais de 50 tiros contra o aposentado segundo informou a polícia local. Giuvan estava conversando com conhecidos dentro da garagem de veículos Três Cinco, quando foi morto.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Amylcar Romero, ainda não há informações oficiais sobre o motivo da execução. "Estamos iniciando as investigações, analisando as imagens das câmeras de segurança da região e conversando com testemunhas para descobrir o motivo do assassinato e identificar os autores".

Giuvan era investigador aposentado da Polícia Civil há três anos, e morava há mais de 30 anos na região. 

Contrabando - O Campo Grande News apurou que o policial civil aposentado, cobrava uma taxa dos contrabandistas de cigarro para deixar passar as cargas por Maracaju.

Recentemente três carretas com cigarro contrabandeado foram interceptadas na região e as quadrilhas que pagavam as taxas responsabilizaram o policial aposentado pelas apreensões. 

"Colocaram na conta dele o prejuízo com as apreensões", afirmou ao Campo Grande News uma fonte policial que atua na fronteira com o Paraguai.

No dia 16 de abril, a casa de um inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi metralhada durante a madrugada. Na época, o policial informou que o atentado poderia ser uma forma de intimidá-lo, em razão da repressão que a polícia realizou ao contrabando de cigarros na fronteira com o Paraguai.

Só nos cinco primeiros meses deste ano, a PRF já realizou a apreensão de 14 milhões de maços de cigarros contrabandeados do Paraguai, segundo dados divulgados durante a segunda fase da Operação Caucaso da Polícia Rodoviária Federal. No ano passado essa quantia chegou a 20 milhões de maços apreendidos durante todo o ano.

Execução - Giuvan de Oliveira Barbosa de 52 anos foi morto no início da tarde de hoje (11), dentro de uma garagem de veículo em Maracaju. Os bandidos teriam fugido após a execução em um veículo Fiat Strada de cor branca. 

Há dois meses, Giuvan foi vítima de uma tentativa de homicídio quando saía de casa em sua Ford Ranger. Ele foi atacado por pelo menos quatro bandidos que estavam fortemente armados com um fuzil calibre ponto 762.

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