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Cidades

MST afirma que existe déficit no efetivo do Incra para atender os assentados

Alan Diógenes | 07/01/2015 17:49
Encontro reuniu representantes do MST/MS e do Incra/MS. (Foto: Divulgação)
Encontro reuniu representantes do MST/MS e do Incra/MS. (Foto: Divulgação)

Durante reunião na tarde desta quarta-feira (7), representantes MST/MS (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Mato Grosso do Sul) declararam que o efetivo do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) é pequeno para atender os mais de 3 mil acompanhados. O encontro foi convocado, após o grupo bloquear três rodovias federais na última segunda-feira (6).

Conforme o representante do MST/MS, Jonas Carlos, a principal batalha em prol da restruturação do Incra no Estado continua. "Mais uma vez, após essa reunião, ficou claro que o contingente do Instituto não consegue atender a demanda da Reforma Agrária e do atendimento aos assentamentos em nosso Estado. Temos mais de três mil acampados, só do MST, fora os outros companheiros de outros movimentos, 52 assentamentos, também do movimento e apenas 163 servidores na ativa, que não dão conta de toda a demanda, além da falta de infraestrutura. Portanto nossa luta pela restruturação do órgão continua, isso inclui a batalha por concurso público para mais contratações para o Instituto em MS", explicou.

O dirigente afirmou ainda que a luta continua sempre. "Com a situação de sucateamento do órgão responsável pela Reforma Agrária, com a falta de clareza de metas por parte do Governo Federal a certeza de que temos é que a batalha continua e que nós, enquanto movimento de luta, continuaremos nossas ações, protestando e exigindo os nossos direitos", destacou.

Para Marina Ricardo Nunes, que também é representante do MST/MS na direção nacional do movimento, a reunião serviu para esclarecer a situação da Reforma Agrária para todos os militantes do movimento. "Com a presença dos representantes das áreas a nossa militância fica a par de questões de extrema importância para a nossa luta. Por exemplo, os acampados ficam a par de como está o processo das áreas para a Reforma Agrária e os assentados ficam por dentro de como estão o andamento de programas federais de fomentos para a produção, habitação e estruturação", concluiu.

Marina disse que após essa reunião a deliberação é montar um grupo específico que acompanhará as ações do Incra, que ficaram definidas nessa reunião e também irá articular outras reuniões em prol da Reforma Agrária em MS.

Os pontos debatidos na reunião foram: liberação de orçamento e capacidade operacional do Incra, a questão de vistorias das terras para a Reforma Agrária em MS, créditos, habitação, estradas, energia elétrica e água nos assentamentos. Além, de questões específicas de cada área.

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