História de amor entre antioxidantes e suplementos de saúde
Se você sair às ruas de C.Grande, é provável que se depare com algum anúncio de algum “smoothie” repleto de antioxidantes. As prateleiras dos supermercados estão cheias deles. Ou, então, suplementos dietéticos duvidosos vendidos por “influenciadores” assim como outros esquemas de pirâmide on-line. Mas a história de amor entre antioxidantes e suplementos de saúde teve inicio sob circunstâncias sombrias. Algo semelhante a filme de terror.
A bomba atômica envelhece quem está longe.
Na década de 1.950 - pouco tempo depois do lançamento das duas bombas atômicas no Japão -, os cientistas viviam preocupados com os efeitos da radioatividade no corpo humano. Como sempre, os camundongos tiveram que sofrer para que os humanos fossem poupados. Os cientistas descobriram que a exposição de camundongos a níveis altos, mas não letais, de radiação acelerava o processo de envelhecimento e os ratinhos morriam mais cedo.
Os radicais livres são touros loucos.
Um dos principais motivos pelos quais a radioatividade prejudica seres vivos é que ela gera os chamados radicais livres. São moléculas altamente reativas que danificam outras moléculas ao se chocarem com elas. Imaginem os radicais livres como touros enlouquecidos em uma loja de cristais. Quando as células de qualquer animal são expostas à radioatividade, o “touro” entra em ação dentro delas.
O que são antioxidantes?
É nesse ponto do caos criado pelo touro maluco que os antioxidantes entram em cena. O “anti” se refere à capacidade de neutralizar os radicais livres, como se fosse um sedativo para o touro. Por caso disso, os pesquisadores descobriram que poderiam usar antioxidantes para proteger seus camundongos dos efeitos nocivos da radioatividade. Eles viveriam mais. O problema é que os radicais livres não surgem apenas em células irradiadas. São, em verdade, produzidos todos os dias em nosso corpo como um subproduto natural de nosso metabolismo. Isso significa que nossas células sempre estão à mercê do touro.
O pacto entre metabolismo e o envelhecimento.
Em termos simples, a teoria postula que há uma especie de pacto perverso em nosso metabolismo: é ele que nos mantém vivos, mas também é o que garante nosso envelhecimento e morte, já que produz os radicais livres. Já fizeram centenas de pesquisas sobre o antioxidantes. Em uma das maiores delas, chegaram à conclusão que as pessoas que tomam suplementos e antioxidantes morrem mais cedo. Elas também não estão protegidas contra doenças relacionadas à idade. Para piorar, afirmaram que esses suplementos promovem o crescimento e a disseminação de determinados tipos de câncer, em vez de limitá-los. Eles só servem para onerar teu bolso.
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