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Em Pauta

O Brasil perdeu a cabeça. A guerra da degola e o terrorismo

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 01/11/2025 07:00
O Brasil perdeu a cabeça. A guerra da degola e o terrorismo

Quem é terrorista no Rio de Janeiro? O narcotraficante ou o policial? Os narcotraficantes governam parcela importante desse Estado utilizando práticas claramente terroristas. Os territórios por eles dominados vivem sob a égide do autoritarismo e do terror. Quem comanda são os lideres das gangues e os tribunais compostos por criminosos. Os poderes legais: Executivo, Judiciário e Legislativo, são residuais, com diminuta importância.Não há a mínima liberdade nesses locais. Podem ser classificados como terroristas, pouco importando a tipificação legal.


O Brasil perdeu a cabeça. A guerra da degola e o terrorismo

O terror policial.

Degolar seu inimigo é um ato terrorista. Impõe e potencializa o medo. Pode ser chocante, mas a morte por fuzilamento, que sucedeu a degola, é, através da história, um avanço civilizatório. Os policiais que degolaram os narcotraficantes cariocas não estavam combatendo o crime, estavam tentando recuperar o poder há muitas décadas perdido no Rio de Janeiro. Infundiram o terror, a selvageria. A prática da decapitação existe há milênios e remonta à pré-história. O mais antigo caso documentado no Brasil remonta há 9.000 anos, sugerindo um ritual dos proto-índios.


O Brasil perdeu a cabeça. A guerra da degola e o terrorismo

10.000 gaúchos degolados.

Durante a Revolução Federalista - de 1.893 a 1.895 - também conhecida como Guerra da Degola, aproximadamente 10.000 gaúchos foram assassinados, boa parte deles degolados. Era usada como método que infundia o terror, humilhação e era barato. Deixou um rastro de violência brutal. E foi essa guerra entre maragatos e chimangos que, ao final, levou a um êxodo impar de rio-grandenses para a fronteira do Mato Grosso do Sul. “Não se gasta bala com chimango” era a palavra de ordem usada pelos maragatos para construir o império do terror. Só incultos e desinformados caem na balela de que todo policial é bonzinho, heroico e combate o terrorismo carioca. Só imbecis juramentados acreditam que o narcotraficante é vitima dos usuários de drogas, coitadinhos. O Brasil perdeu a cabeça… novamente.


O Brasil perdeu a cabeça. A guerra da degola e o terrorismo

Tem santo? Qual o futuro?

A essência da ação policial no Rio de Janeiro é política. Disputam o poder com os bandidos. Não existem santos na politica, mas pessoas imperfeitas podem fazer do mundo um lugar melhor. Narcos e policiais também não são loucos, mas suas ações tem sinais de irresponsabilidades doentias. O maior de todos os problemas, no entanto, é a inexistência de uma fugaz luz na escuridão onde aprisionaram milhões de favelados. São eles as verdadeiras vítimas.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.