"Cada ano está ficando mais fraco", diz ambulante sobre vendas no Dia de Finados
Muitas famílias que vão visitar os entes queridos já chegam com as flores compradas de outro lugar
Neste Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, os ambulantes não estão se mostrando muito confiantes com as vendas, como de costume. Muitos relataram que em outros anos o movimento foi melhor.
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No Dia de Finados, apesar do costume, ambulantes no Cemitério Santo Amaro relatam vendas fracas em comparação a outros anos. A maioria dos clientes chega com flores compradas em outros locais, e o movimento é considerado baixo por muitos, que atribuem a queda nas vendas à crise econômica e ao costume de gerações mais jovens de não visitar os entes queridos no dia. O tempo chuvoso também é apontado como um fator que contribui para a baixa procura.
A reportagem observou que no Cemitério Santo Amaro tem 15 ambulantes, com a maioria vendendo flores e velas. Muitas famílias que vão visitar os entes queridos já chegam com as flores compradas de outro lugar.
Estela Sueli da Silva Chaves, de 71 anos, vende salgados por R$ 6 e flores entre R$ 5 e R$ 35. Ela chegou às 5h, de sexta-feira (1°).
Sobre o movimento, ela destaca que cada ano está ficando mais difícil de vender. “A cada ano está ficando mais fraco, independente do tempo mesmo. Há 10 anos, fechava na rotatória e lá na frente. Era cheio de pessoas, o dia todo. A situação está ficando cada vez mais difícil, os jovens não vêm mais visitar, é um costume dos mais antigos e os mais antigos já não estão conseguindo vir mais. Mas ainda dá um movimento bom, graças a Deus”, disse.
Ela exemplifica que antes conseguia vender entre 500 e 600 potes de flores naturais. Agora, entre 150 e 200 artificiais.
“Natural eu nem vendo mais, porque ficou muito caro. Só as artificiais, porque pode armazenar e deixar para o próximo ano”, comentou.
Lídia Benitez, de 50 anos, vende flores há 10 anos no Dia de Finados. Ela chegou às 4h para garantir um ponto, mas outra pessoa já estava ocupando. Ela vende flores entre R$ 20 e R$ 25.
“O movimento está meio parado, não sei se é devido ao tempo, a chuva. Ano passado fiz uns 500 vasos e alguns não vendi, aproveitei para vender no Natal. Devido ao tempo chuvoso montamos uns 200”, contou.
Reinaldo de Souza, de 43 anos, vende caldo de cana por R$ 8 o copo. Ele diz não estar muito confiante devido ao mau tempo. “Tá um pouco devagar, porque não está tão calor. Em um dia bom vendo 800 reais”, finalizou.
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