Irmão esquece Marquinhos ao elogiar Adriane

Continuidade - Presença garantida nas agendas da prefeitura de Campo Grande nas últimas semanas, o senador Nelsinho Trad (PSD) não poupou elogios à prefeita Adriane Lopes nesta sexta-feira (29). A inauguração e sorteio dos moradores da Vila dos Idosos despertaram um sentimento único do também ex-prefeito. “A gente ficou oito anos na frente da prefeitura e depois que eu saí em 2012, Adriane, hoje foi a primeira vez que eu tive um sentimento de que alguém está dando sequência ao trabalho que eu e o André [Puccinelli] fizemos na cidade. Esse alguém é você”, disse.
E a família? - Ao colocar Adriane no lugar de destaque, o senador desconsidera os seis anos da gestão do próprio irmão, Marquinhos Trad (PDT), que esteve à frente do município de 2017 a 2022. A alfinetada escancara ainda mais o racha da família, com o vereador Marquinhos e o ex-deputado federal Fábio Trad, cada vez mais distantes de Nelsinho.
Aproveitando os 40 - Durante a inauguração da Vila dos Idosos, nesta sexta-feira (28), o secretário de Cultura de Campo Grande, Valdir João Gomes de Oliveira, deu exemplo de que não há idade para trabalhar e que os idosos merecem oportunidades. Mesmo diminuindo mais de 30 anos de sua idade, disse que tem muito a contribuir. “Eu podia estar em casa, já cheguei meus 40 anos, mas a prefeita está me aproveitando. Não acabou, e não acabam com 40, 50, 60 anos. A experiência vale muito mais do que um de 20 anos que está aí fazendo nada”, afirmou.
Premiada - Mesmo sem moradores, a Vila dos Idosos já é referência nacional. O imóvel com aluguel social para pessoas com mais de 60 foi premiado com o Selo de Mérito 2025, nas categorias Atendimento Habitacional de Grupos Sociais com Necessidades Específicas. A honraria será entregue durante o 72º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, que acontece no dia 19 de setembro de 2025, em João Pessoa (PB).
Regularização - “A Vila da Melhor Idade é um marco, porque assegura um lar digno para quem dedicou a vida inteira à nossa cidade. Sermos premiados pela quinta vez comprova que Campo Grande é hoje referência em habitação de interesse social no Brasil”, disse a prefeita Adriane Lopes (PP). A prefeitura também foi vencedora na categoria Regularização Fundiária e Edilícia pela regularização fundiária da Comunidade Homex, considerada a maior já realizada em Mato Grosso do Sul.
Reação - Em resposta a nota da coluna Jogo Aberto de ontem, sobre homenagem apesar de números crescentes de feminicídio, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul defendeu que o monitor da violência não ganhou prêmio do CNJ por “mapear tragédia”, mas sim porque a ferramenta visibiliza dados que são essenciais para o fomento de políticas públicas de combate à violência contra a mulher, pesquisa acadêmica, além de subsidiar a atuação de todo o sistema de justiça.
Visitantes crentes - A Câmara Municipal aprovou a concessão de título de “Visitante Ilustre” para três nomes de peso da bancada cristã: o deputado federal Francisco Eurico da Silva (PL), o Pastor Eurico, o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos) e a senadora Damares Alves (Republicanos). A homenagem, proposta pelo vereador Francisco Gonçalves de Carvalho, o Veterinário Francisco (União Brasil), será entregue durante o I Encontro Político de Lideranças Cristãs, marcado para 12 de setembro em Campo Grande.
Finanças policiais – O Governo contratou por R$ 60 mil o consultor Gustavo Cerbasi para ministrar palestra presencial de uma hora a cerca de 300 servidores da segurança pública de Mato Grosso do Sul, abrangendo Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Perícia. Cerbasi é mestre em Finanças pela USP (Universidade de São Paulo), graduado em Administração Pública pela FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo), autor de 16 livros e referência em educação financeira, incluindo o best-seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, que inspirou a trilogia de filmes “Até que a Sorte nos Separe”.
Barragem – Passado um ano do rompimento ocorrido em agosto de 2024, que despejou 693 mil metros cúbicos de água e sedimentos e devastou mais de 112 hectares de vegetação e cursos d’água, a investigação ainda é apresentada como “fase avançada”. O Ministério Público afirma estar na etapa de qualificação dos danos, mas, na prática, o que se vê é demora em transformar a apuração em punições ou soluções definitivas.
Acordo – Um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi firmado para parte dos atingidos, com ações de recuperação e indenizações, enquanto outros recorreram à Justiça. A promessa de reparação integral ainda patina em relatórios técnicos, perícias adicionais e burocracia. Enquanto se discute se houve falha estrutural, negligência ou até sabotagem, o córrego Estaca continua marcado pela destruição. Um ano depois, o ritmo lento da investigação contrasta com a urgência das vítimas e da natureza em colapso.